Arábia Saudita e China unem-se por mercado de inteligência artificial

A Arábia Saudita, em uma parceria com a China, lançou um Modelo de Linguagem de Grande Escala (LLM, na sigla em inglês) chamado de ‘AceGPT’, que terá suporte linguístico para árabe, chinês e inglês. Além disso, os dois países tentam entrar no mercado de chips para IA.

O AceGPT é uma das iniciativas da cidade de Riade ao tentar liderar o desenvolvimento regional de inteligência artificial. O chatbot foi lançado pelo professor e matemático Jinchao Xu, da Universidade King Abdullah de Ciência e Tecnologia, localizada na Arábia Saudita.

A IA teve também a colaboração da Universidade Chinesa de Hong Kong, Shenzhen, e o Instituto de Pesquisa de Big Data de Shenzhen. Vale lembrar que a cidade de Shenzen é um grande polo tecnológico da China, sendo um centro de inovação em software e hardware.

A Arábia Saudita tenta, no momento, construir supercomputadores e implementar sistemas de LLM, sistema que sustenta as IAs generativas.

 

Ásia tenta superar EUA em inteligência artificial

O continente asiático luta para não ficar para trás na disputa tecnológica contra os Estados Unidos pela inteligência artificial. Conforme já noticiado pelo Monitor do Mercado, em junho deste ano, a chinesa Baidu tentou entrar no mercado com o Ernie Bot, uma espécie de chatbot “rival” do ChatGPT.

No entanto, a IA, que era desenvolvida desde 2019, só foi lançada em agosto deste ano. Até o presente momento, o Ernie Bot não foi popularizado entre o público global, que ainda se limita às IAs americanas mais conhecidas — como o ChatGPT.

 

EUA impede acesso da China

Com modelos de chatbot americanos já estabelecidos no mercado de inteligência artificial, a preocupação dos EUA agora é de “impedir” que a China consiga superá-lo no mercado de hardware para inteligência artificial.

Segundo reportagem do Financial Times desta segunda-feira (9), os EUA ampliaram os requisitos de licença de exportação para unidades de processamento de gráficos fabricadas pela Nvidia e AMD (empresas americanas). Assim, as entidades chinesas não conseguem acesso aos chips para construção de modelos de IA generativa. Porém, a administração Biden parou antes de bloquear as exportações para o Oriente Médio.

A inteligência artificial virou um dos principais focos de competição na disputa regional sino-americana no Golfo, com Riade e Abu Dhabi demonstrando uma firme determinação em aproveitar o crescimento das relações comerciais, buscando a transferência de tecnologia, enquanto mantêm seus vínculos com Washington, o seu principal aliado em questões de segurança.

As autoridades dos Estados Unidos estão ampliando suas iniciativas para fortalecer os laços com os estados do Golfo da China, incluindo um projeto ferroviário e de transporte marítimo que conecta a Índia à Europa através do Oriente Médio.

 

Concorrência em hardware

Atualmente, a americana Nvidia detém mais de 80% do mercado global de chips para aplicação em inteligência artificial. Além disso, a Microsoft tomou a decisão de fabricar seus próprios chips de IA, do qual o primeiro será anunciado durante o evento Ignite 2023, em novembro. A OpenAI, por sua vez, avalia a possibilidade de produzir seus próprios chips para processamento de inteligência artificial.

Ou seja, entrar no mercado de chips está complicado até mesmo para as empresas americanas, que ainda dependem dos chips da Nvidia para manterem seus softwares de IA em funcionamento.

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