Secretário-executivo do MDIC, avalia que o volume de recursos disponibilizados deve se esgotar em menos de um mês, diante dos resultados destes primeiros dias de programa.
O governo já trabalha com a possibilidade de estender o programa de incentivos ao setor automotivo, que prevê descontos para aquisição de veículos a preços mais acessíveis. O primeiro balanço feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços (MDIC) mostra que, em apenas uma semana, foram gerados R$ 150 milhões em créditos. “Sucesso absoluto” resumiu nesta quarta-feira (14) o secretário-executivo do ministério, Márcio Rosa, ao avaliar os números.
“O programa já alcançou mais da metade do mercado e gerou 30% dos créditos previstos”, avaliou Rosa. Segundo o secretário-executivo, no ritmo desta primeira semana, o programa criado para durar quatro meses, tem previsão de se encerrar em menos de um mês, vez que ele prevê o máximo de R$ 500 milhões em créditos tributários para as montadoras.
Para atender à demanda por mais recursos, o secretário vê como possível a ampliação do teto. Embora, no momento, não haja espaço fiscal para aumentar o valor, uma alternativa seria fazer um rearranjo dentro do próprio programa, que prevê ainda descontos para ônibus e caminhões. “Podemos fazer um ajuste com o Ministério da Fazenda para ver quanto foi gasto com caminhão e, então, estudar a possibilidade de transferir parte do que sobrar dos caminhões para os carros”, comentou.
No balanço do MDIC, o crédito liberado para renovação da frota de caminhões alcançou até agora 14% do teto de R$ 700 milhões, chegando a R$ 100 milhões. No entanto, o secretário salientou que a dinâmica do setor é diferente daquela para automóveis; o processo é mais lento. Por isso, ele acredita que também os caminhões chegarão ao teto previsto. No caso dos ônibus, o volume total na primeira semana foi de R$ 90 milhões, o que corresponde a 30% dos R$ 300 milhões disponibilizados.
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