Após reunião ministerial, governo avalia redução no preço dos alimentos já em abril

Queda no preço do arroz nos supermercados já é esperada para abril após queda de cerca de 20% no preço da saca

 

O governo federal espera uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas. Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião de emergência com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos entre o fim de 2023 e o início deste ano – o que tem afetado a popularidade do governo, segundo pesquisas internas.

Entre novembro de 2023 e janeiro deste ano, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou, no cálculo da inflação, sobre o bolso dos brasileiros. As questões climáticas, como altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país, influenciaram a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços.

Após a reunião, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), afirmou que foi um aumento sazonal. “É uma preocupação do presidente que a comida chegue barata à mesa do povo brasileiro. Todas as evidências são de que já baixou. Teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor”, disse.

O ministro da Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, afirmou ainda que o governo já identificou uma queda de cerca de R$ 20% no preço da saca de arroz e que espera que isso seja transferido na mesma proporção aos consumidores nos mercados. “Os casos de arroz, no final do ano, teve um aumento do preço do arroz no supermercado […] Fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para R$ 100 a saca. O que esperamos que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também nos mercados”, disse.

Para os outros alimentos, como trigo, milho, mandioca e feijão, o governo prepara estratégias para o Plano Safra para que haja incentivo e consequente queda no preço. “Teremos estratégia para direcionar o crescimento da produção de arroz, feijão, trigo e estamos atentos se essas medidas estruturante, se os preços não baixarem, podemos tomar outras medidas governamentais que será estudada pela equipe econômica.”

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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