Ananindeua – Um dia após o prefeito Daniel Santos (PSB) inaugurar uma das mais belas obras de Ananindeua, o Parque Maguary, e fazer um duro discurso denunciando perseguição contra ele, sua família e seus aliados, o Grupo de Atuação especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou operação de busca e apreensão, nesta segunda-feira, no Hospital Santa Maria e na casa de aliados do prefeito.
Essa operação, inclusive, havia sido antecipada pelo portal Opinião em Pauta.
A alegação para a ação policial é da existência de supostas fraudes e irregularidades cometidas por servidores do Instituto de Assistência do Servidor Público do Estado do Pará (Iasep) e dirigentes do Hospital Santa Maria no faturamento de serviços hospitalares.
No entanto, não tem passado desapercebido para a sociedade paraense o fato dessas operações contra aliados do prefeito estarem acontecendo justamente após sua saída do MDB e de especulações dando conta que ele pode apresentar seu nome para a disputa do governo do Estado em 2026, o que contraria os desejos do governador Helder Barbalho, que deseja eleger sua vice, Hana Ghassan, ao cargo.
Nas redes sociais a pergunta que se faz é porque essa investigação não foi realizada quando Daniel estava aliado ao governador, já que o Hospital Santa Maria presta serviços desde o início do governo Helder Barbalho e já se passaram mais de 4 anos.
Dentro da lógica de manchar a imagem do prefeito, um dos mais bem avaliados do Estado, seus adversários começaram a postar notícias falsas na internet dando conta que a operação também foi realizada na casa de Daniel Santos. O prefeito de Ananindeua não é investigado nessa operação.
Na casa dos investigados, testemunhos colhidos por nossa reportagem afirmam que os responsáveis pela operação agiam como que constrangidos. No Hospital, pessoas humildes e pacientes em busca de atendimento ficaram amedrontadas com a operação policial dentro do estabelecimento.
Para o deputado Erick Monteiro (PSDB), essa operação revela que o governador Helder Barbalho se utiliza dos órgãos do estado para calar seus críticos. “Ele quer amedrontar, aniquilar com seus adversários, instalar uma monarquia no Pará. Ele não é um democrata. É um tirano”, dispara o parlamentar.
Operação GAECO
A operação do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (GAECO) contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI), que realizaram na manhã desta segunda-feira (29) mandados de busca e apreensão em 11 endereços localizados em Belém, Ananindeua e Santa Izabel do Pará, além de bloqueio e sequestro de bens e afastamento de funções públicas de servidores públicos suspeitos.
Essas pessoas investigadas, segundo o Gaeco, teriam atuado em um esquema delituoso supostamente instalado no Instituto de Assistência do Servidor Público do Estado do Pará (IASEP), autarquia do Governo do Pará incumbida de garantir a assistência à saúde aos servidores públicos estaduais e seus dependentes.
Na imagem, vista aérea da cidade de Ananindeua. (Foto: Reprodução)