Após gritar por socorro, mulher é retirada viva de túmulo

Uma mulher de 36 anos foi encontrada enterrada viva no cemitério municipal de Visconde do Rio Branco, interior de Minas Gerais, na terça-feira (28).

A Polícia Militar (PM) foi acionada após coveiros do cemitério avistarem um túmulo fechado com tijolo e cimento fresco, além de marcas de sangue próximo ao local.

Chegando ao cemitério, os policiais ouviram gritos de socorro e decidiram quebrar a parede de tijolos. A mulher então foi retirada do túmulo e levada por uma equipe do Samu até o hospital São João Batista.

Segundo a vítima, ela se encontrava em casa com o marido quando a residência foi invadida por dois indivíduos encapuzados que a agrediram.

Ela afirmou ainda à polícia que, no dia anterior, havia guardado armas e drogas para duas pessoas e que esse itens teriam sido extraviados.

Dois suspeitos de 20 e 22 anos, respectivamente, foram identificados, mas não foram detidos até o momento.

Conduzida a hospital, a mulher encontra-se  em estado grave , depois de ter sido retirada de uma gaveta mortuária do Cemitério Municipal de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira.

Antes de ser socorrida, ela passou cerca de 10 horas presa na gaveta, depois de sofrer agressões de uma dupla que foi até a casa dela cobrar por drogas e armas que teriam ‘extraviado’.

Um dos médicos que atende a mulher de 36 anos, disse que “ela chegou muito suja, com vários cortes grandes no couro cabeludo, uma lesão grave no dedo da mão, fratura nos braços e possivelmente uma fratura de perna, além de traumatismo cranioencefálico (TCE)”.

Conforme ele, a sedação foi retirada nesta quarta, mas ela ainda encontra-se em estado sonolento.

“Ela foi levada ao CTI, onde foi feita limpeza e sutura. Agora a pressão está mantida por condições próprias e ela respira sem a ajuda de aparelhos. Ainda está torporosa, mas não sabemos quando é da sedação residual”, completa.

O médico também disse que a paciente chegou muito desidratada à unidade, situação que pode ter se agravado em função do local onde ela ficou presa por mais de 10 horas. Ele, porém, diz que ainda é cedo para avaliar alguma sequela provocada pela falta de oxigenação no cérebro.

“Ainda não sabemos quantos por cento da situação foi causada pelo trauma e quanto é hipóxia cerebral [condição em que não chega oxigênio suficiente às células e tecidos do corpo]. Isso terá que ser avaliado em uma ressonância. Mas ainda é cedo para isso. Focamos na fase mais primária, de salvar a vida dela. A tomografia feita indica que não será necessária cirurgia”.

Conforme mostra a foto, Policiais militares quebraram a parede de tijolos após ouvirem pedidos de socorro.  (Divulgação/ Polícia Militar de Minas Gerais)

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