Após derrota histórica para extrema-direita, Macron dissolve parlamento e convoca novas eleições

Líder francês fez anúncio após derrota de seu partido nas eleições para o partido de Marine Le Pen, política populista de extrema direita, que obteve mais de 30% dos assentos franceses para o parlamento europeu. Além de Macron, os social-democratas do chanceler alemão Olaf Scholz ficaram em terceiro lugar atrás do partido da extrema direita

 

O presidente da França, Emmanuel Macron , anunciou na noite deste domingo (9), a dissolução da Assembleia Nacional após seu partido sofrer um forte revés no pleito do Parlamento Europeu. “Decidi devolver-lhes a escolha do futuro parlamentar”, afirmou o presidente francês, acrescentando: “Esta decisão é séria, pesada mas acima de tudo é um ato de confiança”. Macron ainda convocou legislativas antecipadas para 30 de junho e 7 de julho, em resposta ao resultado das eleições europeias de 2024.

O presidente reconheceu que o desempenho da lista do seu partido “não é um bom resultado para os partidos que defendem a Europa” e afirmou que os partidos de extrema-direita estão avançando em todo o continente, segundo reporta o Le Monde. O partido Rassemblement National, de extrema-direita, obteve mais de 30% dos assentos franceses para o parlamento europeu.

Fabien Roussel, secretário nacional do Partido Comunista Francês (PCF), declarou que “não se deve ter medo” das eleições legislativas convocadas por Macron, vendo o resultado do escrutínio como uma “enorme sanção contra a política” do presidente e seu governo. A lista comunista não atingiu os 5% necessários para enviar representantes a Estrasburgo.

Macron explicou que, após as consultas previstas no artigo 12 da Constituição, decidiu dar aos eleitores a oportunidade de decidir o futuro parlamentar do país. Ele assinou o decreto de convocação das eleições, reiterando sua confiança na democracia e na soberania do povo 100francês.

(Foto: Johanna Geron)

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