Após alta do PIB, Brasil ultrapassa a Itália e se torna a 8ª maior economia global

O Brasil deve crescer 2,1% no ano e ultrapassar a Itália no ranking global do PIB. Crescimento já é o dobro da média mundial.

 

O Brasil ultrapassou a Itália e se tornou a 8ª maior economia do mundo, de acordo com um levantamento divulgado na última terça-feira (4) pela agência classificadora de risco Austin Rating. A ascensão no ranking ocorre após o anúncio de que a economia do país cresceu 0,8% no 1º trimestre em relação ao anterior. O país somou US$ 2,331 trilhões em Produto Interno Bruto (PIB), superando o país europeu que ficou com US$ 2,328 trilhões, com uma alta de 0,03% no mesmo período.

Os dados foram divulgados pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. O Brasil havia terminado 2023 como a 9ª maior economia do mundo. Enquanto o PIB do Brasil cresceu 0,8% no 1º trimestre, a economia da Itália avançou 0,3%. Desta forma, as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de abril se concretizam. Ainda no estudo realizado pelo fundo, o país pode permanecer no posto até 2029.

Em 2023, na última publicação das estimativas, o FMI havia dado o 9º lugar e projetado que o país chegaria a oitava posição apenas em 2026. Enquanto isso, a posição de maior economia do mundo segue com os Estados Unidos, com US$ 28,78 trilhões. Em segundo lugar está a China com US$ 18,53 trilhões e a Alemanha com US$ 4,59 trilhões. O Brasil ainda está atrás do Japão (US$ 4,11 trilhões), Índia (US$ 3,94 trilhões), Reino Unido (US$ 3,5 trilhões) e França (US$ 3,13 trilhões).

No trimestre, a economia que mais cresceu foi Israel, que está se recuperando da guerra e chegou a ter um encolhimento de 19,4% do PIB no último trimestre de 2023. O Brasil teve o 17º maior crescimento no período. A média de crescimento contando com a taxa de 53 países utilizados pela Austin Rating para realizar o ranking é de 0,3% no primeiro trimestre de 2024.

Segundo dados preliminares, o Brasil deve crescer 2,1% no ano com valor corrente de US$ 2,331 trilhões. Os dados apontam para uma melhora da expectativa, já que em 2023, era esperado que o Brasil atingisse a oitava posição em 2025.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o período de janeiro a março foi marcado pela resiliência do consumo e também dos serviços, que impactaram a renda. Além disso, o pagamento, pelo governo federal, de precatórios, contribuiu para ter mais dinheiro circulando na economia. Esses pagamentos de precatórios corresponderam à injeção na economia de R$ 131 bilhões, cerca de 1,1% do PIB, relativos aos meses de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024.

O Departamento Econômico da Fiesp apontou que o dinamismo da economia no primeiro trimestre refletiu a continuidade do mercado de trabalho aquecido. Dados do Caged mostram que foram criadas mais de 730 mil novas vagas de emprego formal no primeiro trimestre, bem acima, portanto, das 520,3 mil vagas criadas em igual período de 2023.

A Fiesp destacou que o aumento real do salário mínimo e o seu impacto direto nos benefícios sociais, inclusive os previdenciários, contribuíram para a massa salarial crescer 10,4% em termos reais no primeiro trimestre deste ano, quando comparada ao mesmo período do ano passado.

 

Confira o ranking das maiores economias do mundo, segundo a Austin Rating:

  1. Estados Unidos – US$ 28,78 trilhões
  2. China – US$ 18,53 trilhões
  3. Alemanha – US$ 4,59 trilhões
  4. Japão – US$ 4,11 trilhões
  5. Índia – US$ 3,94 trilhões
  6. Reino Unido – US$ 3,50 trilhões
  7. França – US$ 3,13 trilhões
  8. Brasil – US$ 2,33 trilhões
  9. Itália – US$ 2,32 trilhões
  10. Canadá – US$ 2,24 trilhões

 

(Foto: Getty Images)

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