As forças de segurança desmobilizaram nesta quarta-feira, 17, a caçada aos envolvidos no mega-assalto de Confresa (MT) com saldo de cinco prisões e 18 suspeitos mortos.
A operação mobilizou 350 policiais de cinco estados. O objetivo era capturar criminosos que usaram táticas de guerrilha em uma fuga de Mato Grosso para Tocantins.
A desmobilização dos pontos de bloqueio no Tocantins começou por volta do meio-dia de hoje.
A Polícia Militar irá recepcionar os agentes que participaram da operação amanhã na capital Palmas. Ao longo da operação, foram apreendidas 18 armas. Entre elas, dois fuzis .50 e 11 AK-47, carregadores, milhares de munições, coletes à prova de balas, capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores.
Três dos 18 mortos tinham ligação com o PCC. A relação dos suspeitos envolvidos no mega-assalto com a facção criminosa paulista foi constatada com base em documentos e processos obtidos pelo UOL com fontes ligadas ao caso.
Chamou a atenção a capacidade física desses criminosos para sobreviver em uma região de difícil acesso tão inóspita por tanto tempo. Mas a perspicácia e o treinamento das forças policiais foram efetivas nas buscas na região.
Evaldo Gomes, delegado da Polícia Civil do Tocantins, disse que as forças de segurança bloquearam as rodovias no Tocantins e também fizeram incursões em áreas de mata em meio à caçada aos envolvidos no mega-assalto.
O Ataque
O grupo atacou um quartel da PM, invadiu uma transportadora de valores e espalhou explosivos na cidade de Confresa (MT) em 9 de abril. Mas nada foi levado, segundo a polícia.
Depois, os criminosos percorreram 160 km em carros blindados até Santa Terezinha (MT). O grupo entrou em embarcações no rio Araguaia para cruzar a divisa e fugir para o Tocantins.
A quadrilha também fez moradores reféns para escapar da polícia.
Os criminosos adotam a tática de “domínio de cidades”.
A ação é um avanço em relação ao “novo cangaço” por ser mais perigosa e planejada. Essas quadrilhas contam com armas de grosso calibre, explosivos e veículos blindados para enfrentar as forças de segurança. O ataque em MT foi planejado por 2 anos e teve um investimento de mais de R$ 2 milhões. A informação foi obtida junto a fontes ligadas à investigação.
Na imagem, operação para prender quadrilha no Tocantins mobiliza forças de segurança de cinco estados. (Foto: Polícia Militar do Tocantins)