Apenas seis estados brasileiros apresentaram redução na taxa de desemprego

Somente seis das 27 unidades da Federação apresentaram redução na taxa de desemprego na passagem do segundo para o terceiro trimestre.

Nos demais 20 estados e no Distrito Federal, os índices de desocupação mostraram estabilidade, com variações de pouco significado estatístico. Além disso, 27,2% dos desempregados em todo o país — um contingente de 2,6 milhões de brasileiros — estavam há mais de dois anos procurando por uma vaga no mercado de trabalho.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, as reduções ocorreram em Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Acre, Ceará e Rondônia e foram determinantes para que a taxa geral de desemprego no país caísse de 9,3% para 8,7%, conforme havia sido antecipado pelo IBGE no fim de outubro.

Entre as cinco regiões, o Nordeste continuou com a maior taxa de desocupação (12,0%). Dos 10 estados com maior índice de desemprego, seis são daquela região. ]

Já as menores taxas, no terceiro trimestre, ficaram com Rondônia (3,9%), Mato Grosso (3,8%) e Santa Catarina (3,8%).

O Sul foi a região com a menor proporção (5,2%) e os seus três estados registraram percentuais abaixo da média nacional.

A existência de um elevado número de pessoas sem registro e à margem da proteção da lei continua sendo um dos principais problemas do mercado de trabalho brasileiro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) Contínua.

No terceiro trimestre, a taxa de informalidade registrada no país foi de 39,4%. Os maiores percentuais estavam no Pará (60,5%), no Maranhão (59,1%) e no Amazonas (57,1%). Já Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (30,6%) tinham as menores proporções.

Diferenças

Outro recorte da pesquisa mostra como o desemprego afeta de forma diversa diferentes grupos sociais.

A taxa de desocupação de homens (6,9%) continua abaixo do índice nacional (8,7%), enquanto a das mulheres segue bem acima (11%).

As disparidades são evidentes também quando o critério de classificação é a cor da pele.

As taxas de desocupação de pretos (11,1%) e pardos (10%) ficaram acima da média do país. Já a dos brancos seguiu abaixo: 6,8%.

Em relação ao nível de ocupação (percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupadas), a proporção de homens era de 67,6%, enquanto a de mulheres não passava de 47,5%.

A maior diferença estava no Norte, de 24,7 pontos percentuais entre os dois grupos.

Com informação do IBGE.

Mais detalhes, acesse o portal do IBGE.

Imagem, (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Compartilhe

Outras matérias

Relacionados

plugins premium WordPress