Anderson Torres está ‘em bom estado geral, consciente, atento e colaborativo’, diz laudo entregue ao STF

Relatório elaborado pela Secretaria de Saúde ‘não considera necessária a transferência para hospital penitenciário’; defesa alegou pior no quadro psíquico

 

Um laudo elaborado pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal aponta que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres está em “bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”. “Seu pensamento está agregado e organizado, com fluidez aparentemente normal, sem evidências de alteração da sensopercepção. Seu humor encontra-se hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família”, diz o documento datado do último dia 30 de abril e entregue nesta terça-feira (2) ao  Supremo Tribunal Federal (STF).

“Refere crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida. As medicações foram ajustadas com a intenção de melhor controle do humor e das crises de ansiedade”, prossegue o texto.

O laudo é assinado por um psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e informa que as instalações onde Torres está preso desde o dia 12 de janeiro, um batalhão da Polícia Militar do DF, são “adequadas” ao estado de saúde dele. Torres permanece no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), no mesmo terreno do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, em Brasília.

A conclusão vai na contramão do que alegou a defesa no mês passado, de que havia risco de suicídio de Torres, em razão de problemas psiquiátricos agravados na prisão. Na semana passada, em um novo pedido de habeas corpus ao Supremo, a defesa de Torres afirmou que seu quadro psíquico teve uma piora e cita o risco de ele cometer suicídio.

O documento afirma que a psiquiatra da Secretaria de Saúde proferiu um atestado na sexta-feira passada, no qual alega a impossibilidade de o paciente “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante uma semana”. Por fim, o relatório aponta que “não considera necessária a transferência para hospital penitenciário”, mas reitera “que o caso exige acompanhamento frequente”.

Torres está preso desde que voltou dos Estados Unidos, em 14 de janeiro, após os atos golpistas de 8 de janeiro. Na época dos atentados contra a sede dos três poderes, ele era responsável pela Segurança Pública do Distrito Federal e estava em viagem com a família nos Estados Unidos. (Foto: Igo Estrela/Metrópoles)

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