O Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, situado em Pasadena, Califórnia, e famoso por suas missões robóticas no espaço e por suas pesquisas avançadas sobre corpos celestes, anunciou que está monitorando a trajetória de pelo menos três asteroides grandes, sendo que dois deles, 2024 YF7 e 2024 YR9, estão se aproximando da Terra.
Segundo a NASA, os asteroides vão se aproximar do planeta Terra na madrugada entre os dias 2 e 3 de janeiro de 2025, contudo, não representam qualquer risco imediato.
Um dos objetos, chamado 2024 YF7, é do tamanho de uma aeronave de grande porte, segundo informações da agência espacial dos Estados Unidos. Ele deve passar perto da Terra na madrugada de 2 de janeiro, movendo-se a uma velocidade de 30.367 milhas por hora (aproximadamente 48.800 km) e a uma distância de 2.080.000 milhas (ou 3.347.427,2 km).
Trata-se de uma separação significativa, adequada para evitar preocupações sobre eventuais acidentes ou interferências.
O 2024 YR9, que possui tamanho levemente reduzido, deverá seguir a mesma trajetória, mantendo uma distância similar, e sua passagem não oferece perigo de causar danos à Terra.
Embora não representem uma ameaça ao nosso planeta, monitorar a órbita desses asteroides — e, na verdade, de todos eles — é fundamental para as avaliações realizadas por agências espaciais e para os estudos astronômicos de modo amplo.
Esses estudos não apenas destacam elementos significativos sobre a história e a evolução dos sistemas e galáxias, incluindo o planeta Terra, mas também sugerem que, no futuro, se uma atividade desse tipo realmente representar ameaças iminentes ao nosso planeta, as instituições de pesquisa poderão antecipar essas ocorrências e tomar medidas proativas.
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Atualmente, o laboratório da NASA consegue rastrear com precisão o percurso dos objetos celestes, e várias missões de exploração espacial que estão em andamento podem até coletar amostras desses asteroides e trazê-las de volta à Terra para estudos.
Origem à vida na Terra
Os asteroides são formados por resíduos da nebulosa solar primitiva, uma nuvem de gás e poeira que, aproximadamente há 4,6 bilhões de anos, originou o nosso Sistema Solar. Dessa forma, eles podem servir como “cápsulas do tempo”, permitindo que compreendamos a Terra e outros corpos celestes, através da análise de elementos químicos que estiveram presentes nos inícios de sua formação, como minerais e isótopos, em particular.
Aproximadamente 4 bilhões de anos atrás, uma série de asteroides atingiu o planeta Terra, afetando a criação dos oceanos e, por sua vez, gerando condições básicas para a existência da vida. A presença de aminoácidos, substâncias orgânicas e água em asteroides sugere que estes corpos celestes podem ter trazido do espaço os componentes primordiais necessários à vida na Terra.
Atualmente, missões como a OSIRIS-REx da NASA têm a função de reunir amostras de asteroides, cujas análises contribuem para a compreensão da formação e da história da Terra e do Sistema Solar. (Foto: Pixabay)
