Nesta sexta-feira (23), a mídia norte-americana alegou que a Alemanha está enfrentando problemas para produzir munições suficientes para continuar apoiando a Ucrânia e, ao mesmo tempo, manter sua própria prontidão militar.
O problema se estenderia a quase toda a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em termos de munição de artilharia.
Conforme publicou o jornal The Wall Street Journal, citando autoridades alemãs e lideranças da indústria bélica, atualmente a Alemanha só tem munição suficiente para duas semanas em caso de confronto militar direto com a Rússia.
Segundo a publicação, a base industrial da Alemanha está sendo prejudicada pela escassez de trabalhadores qualificados, problemas na cadeia de suprimentos, altos custos de financiamento, falta de capacidade de produção e regulamentações ambientais.
A solução da Alemanha para o seu problema inclui planos para expandir a sua produção em toda a Europa, reformando uma fábrica da era soviética na Romênia para produzir projéteis de artilharia nos padrões exigidos pela OTAN e armas de padrão soviético utilizadas pela Ucrânia. Mais detalhes sobre o projeto podem ser anunciados até o final de dezembro, aponta o jornal.
As Forças Armadas ucranianas estão usando cerca de seis mil projéteis de artilharia por dia e têm atualmente poucos mísseis de defesa antiaérea, ainda segundo a publicação. Os membros da OTAN são obrigados a ter munições suficientes em seus estoques para durar pelo menos 30 dias de combate.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os países-membros da OTAN mantêm uma linha contínua de auxílio a Kiev com envio de recursos financeiros e diversos equipamentos militares.
Os armamentos enviados vão desde suprimentos simples de munição a equipamentos sofisticados de artilharia de longo alcance, como os Himars.
Hipersônico russo Tsirkon pode mudar regras do jogo
O Ministério da Defesa da Rússia informou que a produção em série do míssil hipersônico Tsirkon para a Marinha russa foi iniciada.
Uma das embarcações que deverá contar com este míssil é a fragata Admiral Gorshkov, que entrará em serviço em janeiro de 2023.
O míssil russo pode ser um grande problema para os EUA e a OTAN, já que os sistemas antimísseis norte-americanos Aegis, eficazes contra mísseis convencionais, poderiam falhar ao tentar interceptar um Tsirkon, que percorreria 20 quilômetros até o Aegis ser acionado, já que o sistema antiaéreo precisa de oito a dez segundos para interceptar um projétil.
Os mísseis Tsirkon conseguem atingir velocidades de Mach 9, ou seja, alcançando uma velocidade de aproximadamente 2,65 quilômetros por segundo, a uma altitude de 20 quilômetros, enquanto o alcance ultrapassa os 1.000 km, sendo os primeiros no mundo a conseguir essas marcas.
Com tamanha velocidade, os mísseis são capazes de destruir alvos terrestres e marítimos de superfície.
O primeiro lançamento oficial do míssil foi realizado no início de outubro de 2020 a partir do submarino Severodvinsk.
Graças a estas características únicas, o Tsirkon é praticamente impossível de ser interceptado pelos sistemas de defesa dos adversários.
As fragatas do projeto 22350, os novos submarinos multifuncionais do projeto 885M Yasen-M, assim como o cruzador de mísseis modernizado Admiral Nakhimov e o submarino Irkutsk, devem ser equipados com o Tsirkon. (AP foto / Michael Probst)
Com informação do New York Times