Neste final de semana, 212 trabalhadores que atuavam na produção de cana-de-açúcar, em Goiás, foram resgatados numa megaoperação de combate à escravidão.
Operação foi comandada pelas equipes de resgates do Ministério do Trabalho e Emprego, com apoio da Polícia Federal.
Trabalhadores prestavam serviços terceirizados para usinas de álcool e produtores, nas localidades de Cachoeira Dourada, Edéia e Itubiara (GO) e no município de Araporã (MG).
Ao longo de três dias de operação, as vítimas da manufatura de açúcar e etanol, foram encontradas em condições análogas à escravidão nas lavouras e também nos alojamentos, vindos do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.
Segundo o MTE, os empregadores cobravam dos trabalhadores os aluguéis dos barracos usados como alojamentos e pelo fornecimento de ferramentas de trabalho.
As vítimas também não tinham direito à alimentação.
Além disso, não havia instalações sanitárias nas frentes de trabalho e a aplicação de agrotóxicos era feita nas áreas onde os trabalhadores estavam laborando sem equipamentos adequados de proteção.
A investigação ainda apurou que os trabalhadores, ao chegarem em Goiás, viviam em 30 alojamentos, em condições precárias, sujas e tomadas pelo mofo.
Como não existia chuveiro, as vítimas tomavam banho em água fria que caía de um cano. (Foto: Inspeção do Trabalho)