Advogado do PL divulga vídeo pedindo cassação de Sérgio Moro

Guilherme Ruiz Neto, advogado do PL, que defende a cassação do ex-juiz, divulga vídeo justificando a perda de mandato do senador que responde pela acusação de abuso de poder econômico na campanha de 2022

 

Começa nesta segunda-feira (1º), com possibilidade de se estender até quarta-feira (3), em Curitiba,  o julgamento sobre a perda ou não do mandato do senador Sérgio Moro pelo Tribunal Regioal Eleitoal do Paraná (TRE-PR). Um dia antes da Corte se reunir, no domingo (31), o advogado Guilherme Ruiz Neto que representa o PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, na ação contra o ex-juiz, divulgou, nas redes sociais, um vídeo onde aponta as razões que acredita garantir a cassação do senador e torná-lo inelegível por oito anos.

No vídeo, o advogado aponta que o ex-juiz gastou mais de R$ 12 milhões entre a pré-campanha e a campanha para o senado pelo Paraná nos dois partidos em que esteve, Podemos e depois pelo União Brasil (legenda que o elegeu senador) enquanto o limite de gastos para o cargo que concorreu era de apenas R$ 4,5 milhões. Para Ruiz, a cassação de Moro é necessária para mostrar que “a lei vale para todos”, até mesmo para ex-juízes e lembra o caso da ‘Moro de Saias’, como ficou conhecida a ex-juíza Selma Arruda (Podemos), que foi eleita senadora pelo Mato Grosso, em 2018, mas teve o mandato cassado, entre outras acusações, por abuso de poder econômico, mesmo crime atribuído a Moro.

No bolão de apostas do meio jurídico a cassação do ex-juiz é dada como certa, restando apenas ainda a dúvida se a cassação vai acontecer apenas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou já no Paraná, estado onde Moro sempre atuou e onde tem fortes relações no meio jurídico, em especial após o destaque adquirido depois da Operação Lava Jato. Mesmo que cassado pelo Tribunal Regional, o senador Sérgio Moro só deixa o parlamento após a ação ser apreciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já que o julgamento de Curitiba seguirá para Brasília.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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