Advogado de Bolsonaro já deu entrevista indicando que ex-presidente planejou golpe

Jair Bolsonaro trouxe um novo advogado para sua defesa na apuração relacionada à tentativa de golpe de Estado no Brasil. O profissional escolhido é o criminalista Celso Vilardi.

Vilardi participou de casos de ampla visibilidade, incluindo as investigações da operação Lava Jato, e atuou na defesa de personalidades reconhecidas, como o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o empresário Eike Batista.

Embora enfrentasse a desafiadora responsabilidade de demonstrar a inocência de seu cliente, Celso Vilardi, até recentemente, não hesitava em afirmar que houve uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, mencionando “indícios claros” da participação de Bolsonaro na conspiração.

Em novembro de 2024, pouco depois de a Polícia Federal (PF) acusar Jair Bolsonaro e mais 39 indivíduos pela tentativa de um golpe de Estado, Vilardi declarou em uma entrevista ao jornalista William Waack, da CNN Brasil, que existiamevidências suficientes” que sugeriam que Bolsonaro tinha elaborado o plano do golpe.

“Não há como negar nessa altura do campeonato que existam indícios absolutamente claros a respeito de uma tentativa de golpe de estado, eu nao tenho duvida a respeito disso. Temos depoimentos consistentes. O trabalho da PF é um trabalho bem feito. Tem um general confirmando de certa forma a existência do golpe. Tem mensagens, execução, monitoramento de um ministro do STF, um plano que estava no Palácio do Planalto”, disparou à época.

 

Opinião diferente

Recentemente integrado à equipe de defesa de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi revisou sua posição. Em contraste com suas declarações anteriores, nas quais elogiou a atuação da Polícia Federal como “é bem feito“, o advogado declarou em uma entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (8) que a investigação da PF sofre de “enviesada” e que considera o ex-presidente inocente.

“Estou convencido de que ele não praticou crime algum e estou disposto a defendê-lo depois de analisar milhares de páginas do inquérito e concluir que o trabalho da Polícia federal foi enviesado”, reportou.

“Tive um posicionamento muito firme em relação ao 8 de janeiro. Não sou radical de direita. Assinei manifestos pela democracia. Não achei que 8 de janeiro foi um domingo no parque. Mas entendi que devo pegar o caso justamente porque não vi nenhuma participação de responsabilidade do ex-presidente”, afirmou.  (Foto: Reprodução)

 

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