As ações ordinárias da maior mineradora do país, a Vale, tem enfrentado altos e baixos nos últimos anos. Desde 2020, VALE3 já passou por duas quedas superiores a 30% e outras duas que ultrapassaram a barreira dos 40%, é o que mostra o levantamento feito pelo TradeMap.
As quedas podem ser atreladas ao comportamento cíclico da empresa, já que seu negócio depende da demanda do mercado internacional por minério de ferro. Baixas taxas de crescimento da indústria mundial levam a pouca demanda da matéria-prima.
A primeira queda expressiva veio junto a pandemia da Covid-19, quando Bolsas de valores de todo o mundo implodiram, entre 20 de janeiro e 23 de março daquele ano os papéis da empresa registraram queda de 40,55%.
No ano seguinte veio a segunda debandada, entre os dias 28 de julho e 18 de novembro a mineradora recuou 41,34%. O terceiro registro foi de 7 de março de 2022 a 2 de setembro, quando despencou 34,59%.
A mais recente ocorreu no início deste ano, entre 26 de janeiro e 31 de maio, os papéis VALE3 desvalorizaram 33,46%.
Durante a pandemia, a queda durou pouco mais de dois meses, seguida por um período de valorização de cerca de 1 ano e 4 meses. Já as últimas três quedas tiveram duração de aproximadamente 100 dias.
No início deste mês, o BTG Pactual cortou o preço-alvo das ADRs (American Depositary Receipts) da companhia para US$ 18 (de US$ 23), ainda mantendo a recomendação de compra.
No primeiro trimestre de 2023, o lucro da Vale recuou 58%, para US$ 1,8 bilhão, contra US$ 4,4 bilhões no mesmo período do ano passado.
Nos últimos cinco dias, VALE3 registrou uma queda de quase 4%, sendo cotada a R$ 66,68. (Foto: Ascom Vale)