A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) reservou matérias e uma seção constante em seu site para rememorar o homicídio do jornalista Vladimir Herzog, ocorrido em 25 de outubro de 1975, nas dependências do DOI-Codi em São Paulo, perpetrado por membros do governo brasileiro.
O Ano Vladimir Herzog, designado pela ABI, integra ações de preservação da memória diante da ausência de justiça após a tortura e a encenação de um suicídio, uma tentativa de encobrir o crime ocorrido em uma instalação do Exército.
Como um defensor da causa, o Instituto Vladimir Herzog (IVH) dispõe de uma vasta gama de recursos sobre o assunto, incluindo relatos de jornalistas que conviveram com Vlado, como era chamado o profissional da comunicação.
O “caso Herzog” reuniu anos de esforços para silenciar os abusos ocorridos, mesmo após a concessão de anistia aos torturadores. No entanto, uma denúncia internacional em 2018, apresentada na Corte Interamericana de Direitos Humanos, resultou na reabertura do processo pelo Ministério Público Federal em 2020.
Somente em 2024, o governo reconheceu a opressão enfrentada pela viúva, Clarice Herzog, que não concordou com a narrativa oficial de suicídio. Ela foi classificada como uma vítima de perseguição política, recebendo compensação e um pedido de desculpas formal do Governo brasileiro. (Wilson Ribeiro/Acervo Vladimir H)
