Na manhã desta terça-feira (20/5), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou que está investigando um novo caso suspeito de gripe aviária na cidade de Eldorado dos Carajás, no estado do Pará. Como resultado, as autoridades de saúde pública começam a examinar cinco locais em potencial onde a doença pode estar presente.
Entre os cinco casos em apuração, dois se referem a granjas comerciais localizadas em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO). Os demais, que incluem uma nova suspeita no Pará, são relacionados à produção familiar voltada para a subsistência, em Estância Velha (RS) e Salitre (CE). Alguns episódios foram eliminados como sendo gripe aviária, nos municípios de Nova Brasilândia (MT) e Grancho Cardoso (SE).
O diagnóstico do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil ocorreu no Rio Grande do Sul, especificamente em Montenegro, no dia 15 de maio, e a notícia foi divulgada na manhã da última sexta-feira, 16 de maio. A granja afetada possuía 17 mil aves, das quais uma parte faleceu e o restante foi abatido. Na terça-feira, será finalizado o processo de desinfecção do local, e outras medidas serão adotadas.
Desde esta quarta-feira (21/5), o Brasil precisará de um intervalo de 28 dias para ser declarado livre do vírus, contanto que nenhum novo caso seja reportado. Após esse prazo, o governo comunicações à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e buscará parcerias internacionais para reiniciar as exportações. Após a confirmação do caso de gripe aviária, diversos países restringiram total ou parcialmente suas importações de carne de frango brasileira.
“Na terça-feira, foi realizada a desinfecção da segunda granja, e a partir desse processo, o dia seguinte marca um novo começo. Seguindo por um período de 28 dias, a partir de quarta-feira, se conseguirmos declarar que esse novo começo é realmente na quarta, à medida que os dias passam – sejam 10 ou 15 – e considerando a agilidade com que este vírus se espalha, é possível identificar rapidamente se surgirá um novo foco. Com o passar do tempo, a confiança do mercado irá se restabelecendo. Até o momento, isso ainda não ocorreu”, detalhou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante uma coletiva de imprensa.
Casos considerados desfavoráveis até agora:
- Nova Brasilândia (MT) – cultivo para sustento.
- Grancho Cardoso (SE) – cultivo voltado para a autossuficiência;
- Triunfo (RS) – cultivo destinado à subsistência (região localizada a até 10 km de Montenegro; não estabelece um novo foco).
Cinco situações em avaliação:
- Aguiarnópolis (TO) – propriedade agrícola comercial;
- Ipumirim (SC) – propriedade de criação comercial;
- Salitre (CE) – cultivo caseiro voltado para a sobrevivência.
- Estância Velha (RS) – cultivo caseiro para a autossuficiência;
- Eldorado do Carajás (PA) – cultivo familiar voltado para a autossuficiência.