Por Igor Siqueira – A eleição da CBF foi marcada, com Samir Xaud como o único candidato. No entanto, existem algumas questões a serem resolvidas no Supremo Tribunal Federal (STF), que dizem respeito à situação política da organização e estão sob a responsabilidade do ministro Gilmar Mendes.
Recentemente, houve ações realizadas por advogados e pelo próprio ministro, que tem estado no foco das conversas acerca da instituição.
No dia em que Samir formalizou sua candidatura, Gilmar fez uma indicação no andamento do processo.
A avaliação estava relacionada ao esforço de Ednaldo Rodrigues para retornar ao cargo. Um pedido foi apresentado na quinta-feira e outro na sexta, ambos com a mesma finalidade.
Na verdade, a primeira solicitação foi apresentada em nome da CBF, o que levanta dúvidas, já que Ednaldo e sua equipe jurídica já não detinham mais poder naquele momento.
Por essa razão, no dia seguinte, o presidente destituído protocolou um pedido que parecia mais apropriado, solicitando participar do processo como um terceiro interessado.
No entanto, ele já se deparou com um desafio técnico.
A questão é que Gilmar Mendes não irá avaliar, neste extenso e conhecido caso no STF, solicitações relacionadas à disputa pela liderança da CBF.
O caso, de fato, já foi utilizado para tal finalidade. Contudo, agora a discussão foi segmentada. O objetivo é exclusivamente examinar a questão constitucional e em um nível abstrato: o Ministério Público possui a autoridade para propor e firmar termos de ajustamento de conduta junto a organizações esportivas?
A decisão a respeito do assunto está agendada para prosseguir no dia 28 de maio. Contudo, isso não irá afetar de forma direta as atividades diárias da CBF.
Em que situações isso poderia ocorrer, embora seja visto como pouco provável?
Foi apresentada uma petição com o objetivo de debater a assinatura do coronel Nunes no contrato que foi validado por Gilmar no STF, o qual abordava a eleição de Ednaldo em 2022.
No entanto, o próprio ministro encaminhou a questão novamente ao Tribunal de Justiça do Rio.
Foi nesse contexto que o desembargador Gabriel Zefiro invalidou o acordo, após levantar a hipótese de que Nunes não estivesse totalmente apto mentalmente para assinar o documento, em janeiro deste ano.
O tema “assinatura do coronel” se transformou em uma solicitação no STF. Gilmar alertou: “Reitero a todos os envolvidos que as questões relacionadas diretamente à CBF devem ser abordadas na Pet 13.783/DF”.
Até o momento, Gilmar não se pronunciou sobre a petição. Assim, a rotina na CBF continua. Uma nova eleição está a caminho, com um candidato quase garantido: Samir Xaud.
Do ponto de vista político, os rivais de Ednaldo Rodrigues não antecipam uma mudança no cenário. (Foto: Montagem/Reprodução)