Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

Em março deste ano, o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal apontou que o total de pessoas em situação de rua no Brasil alcançou 335.151. Em comparação com dezembro de 2024, quando esse número era de 327.925, ocorreu um incremento de 0,37% no primeiro trimestre deste ano.

As informações foram extraídas do relatório técnico de abril do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas para a População em Situação de Rua, vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais é um estado brasileiro localizado na região Sudeste do país. Famoso por suas montanhas e rica herança histórica, o estado é conhecido tanto por suas paisagens deslumbrantes quanto pela importância na produção de minerais, como o ouro e o ferro. Além disso, Minas Gerais possui uma cultura vibrante, refletida na música, na culinária e nas festividades locais, atraindo visitantes de todos os lugares. (OBPopRua/UFMG), e foram publicadas na segunda-feira (14). A pesquisa foi realizada com dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) a respeito do CadÚnico.

Em março, a quantidade de pessoas vivendo nas ruas atingiu 14,6 vezes o total contabilizado em dezembro de 2013, que era de 22,9 mil indivíduos.

Conforme reportado pela Agência Brasil nesta sexta-feira, 18, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome anunciou a reinício, em 2023, dos treinamentos para entrevistadores e operadores do cadastro único, buscando aprimorar a coleta de dados nos municípios. Além disso, o ministério ressaltou a presença de subnotificações e a falta de consistência nas informações anteriores, resultantes da redução nas atualizações cadastrais durante a gestão anterior (2019-2022).

 

No Brasil, o documento revela que o CadÚnico anotou em março de 2025: 9.933 jovens e crianças vivendo nas ruas (3%); 294.467 indivíduos em situação de vulnerabilidade, com idades entre 18 e 59 anos (88%); 30.751 pessoas idosas vivendo nas ruas (9%);

A maioria, 84%, consiste em indivíduos do gênero masculino.

No que diz respeito à remuneração, 81% (272.069) dos indivíduos em condição de rua conseguem subsistir com até R$ 109 mensais, o que equivale a 7,18% do salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.518.

Mais de 50% (52%) dos indivíduos em situação de rua no Brasil não concluíram o ensino fundamental ou são analfabetos, sendo a maioria composta por pessoas negras. Esse índice é mais do que o dobro da proporção da população brasileira que não finalizou a educação básica ou que se encontra em condição de analfabetismo, que é de 24%, conforme dados do Censo de 2022 do IBGE.

A falta de educação formal impede que indivíduos tenham acesso às chances de emprego oferecidas nas áreas urbanas, aponta o estudo.

 

Resultados finais

Em comunicado, o OBPopRua/Polos-UFMG expressou sua preocupação com a situação atual, ressaltando que as políticas públicas essenciais, como as de habitação, emprego e educação para as pessoas em situação de rua no Brasil, são ausentes ou têm se mostrado ineficazes.

A violação da Constituição Federal de 1988 em relação às pessoas em situação de rua persiste no Brasil, com mínimos progressos na asseguração dos direitos dessa população.

O MDS afirmou que está realizando investimentos contínuos para aprimorar o apoio e a proteção de adultos e famílias em situação de vulnerabilidade, favorecendo a inclusão social e combatendo as desigualdades.

O ministério enumerou as iniciativas do governo federal relacionadas a esse assunto e especificou que fundos da União são destinados ao fortalecimento dos Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua (Centro POP). Esses centros proporcionam serviços como alimentação, áreas para cuidados pessoais, assistência na obtenção de documentos e diversas atividades fundamentais.

Conforme informa o MDS, também se destina recurso para o funcionamento do Serviço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), que tem como objetivo oferecer suporte a famílias e indivíduos em condições de vulnerabilidade social ou cujos direitos foram infringidos. Este serviço deve ser disponibilizado obrigatoriamente em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). (Foto: Agência Brasil/Arquivo)

Relacionados

plugins premium WordPress