O Governo Federal anunciou hoje que, em breve, deverá formalizar um pacto com lideranças da indústria hoteleira de Belém para “assegurar a estabilidade” nas tarifas de hospedagem durante a COP30, que acontecerá em novembro.
Foi divulgada hoje uma negociação com o objetivo de reduzir as cobranças que são vistas como excessivas. Segundo informações da Casa Civil, houve uma reunião que contou com a participação de Rui Costa (ministro da Casa Civil), Celso Sabino (ministro do Turismo), representantes da organização da COP30 e empreendedores do setor de hospedagem em Belém.
Qualquer acordo deve ser formalizado através de um termo de ajustamento de conduta. O governo está focado em garantir a participação de representantes internacionais nas discussões sobre mudanças climáticas. Conforme informado pelo UOL, nações europeias planejam diminuir o número de delegados devido aos altos custos de hospedagem.
Fazer de Belém um local atrativo para turistas após a COP30 é mais uma meta do pacto. “Desejamos acolher a todos e proporcionar as condições necessárias para que possam participar da cúpula e voltar para suas nações com uma experiência positiva“, declarou Costa.
A previsão é que a formalização do acordo seja conduzida por representantes da Secretaria Nacional do Consumidor, que faz parte do Ministério da Justiça.
Estadias com preços superiores aos dos imóveis
Os valores das hospedagens em Belém aumentaram significativamente durante a COP30, alcançando milhares de reais por diária. Com uma população de 1,3 milhão de pessoas, a cidade possui cerca de 18 mil leitos disponíveis, o que representa menos de um terço do total de turistas previstos para o evento. Isso resultou em uma intensa demanda por hotéis, residências, apartamentos e até motéis.
Uma matéria do site Opinião em Pauta revelou situações em que adquirir um apartamento em Belém é mais econômico do que alugar um imóvel. O evento, que terá a duração de 11 dias, reunirá líderes de nações, especialistas e outras figuras importantes na capital do Pará.
Até a metade de abril, o governo planeja lançar uma plataforma online que permitirá aos usuários conferir as opções de hospedagem disponíveis e realizar reservas. A princípio, acreditava-se que essa ferramenta auxiliaria na diminuição dos preços, proporcionando mais confiança aos proprietários. Contudo, o governo chegou à conclusão de que isso não será o bastante, o que levou à necessidade de considerar outras alternativas. (Foto: Reprodução)