A questão é bem conhecida entre os alunos brasileiros de Harvard que buscam bolsas de estudo, e a resposta do ministro provocou risadas.
Gilmar Mendes, integrante do Supremo Tribunal Federal, enfrentou a mais icônica questão do disputado processo de seleção de bolsas da Fundação Estudar. A resposta do ministro provocou risadas durante um evento realizado na Universidade de Harvard.
Diversos estudantes brasileiros na Harvard buscaram a bolsa de estudos disponibilizada pela Fundação Estudar. O processo de seleção é rigoroso, e a pergunta final dessa etapa se tornou bastante conhecida entre os alunos.
“Uma questão bastante conhecida da qual ninguém pode escapar: agora que vocês se familiarizaram, quem você escolheria eliminar e qual seria a razão?”, recordou a mediadora da discussão, Larissa Maranhão, criadora da Brazil Conference.
“Dado que estamos nesta situação, gostaria de perguntar ao senhor ministro: entre seus pares no Supremo, quem o senhor dispensaria?”
O público, ciente e apreensivo em relação à indagação, ficou entusiasmado com o questionamento e aplaudiu a questão proposta.
“É uma pergunta instigante… Realmente ótima”, iniciou Gilmar Mendes em sua resposta. “Nas interações institucionais do cenário político, não temos controle sobre quem são nossos interlocutores. O Tribunal se forma e se reestrutura ao longo do tempo. E acabamos até desenvolvendo apreço por atitudes que, em um primeiro momento, não são tão agradáveis.”.
Com um tom leve e engraçado, o ministro disse que “é fundamental entender e valorizar” as diferenças e o diálogo. “Isso se torna ainda mais claro na equipe, onde somos cinco e é necessário ter três votos. Assim, preciso ser reflexivo, paciente e entender as opiniões de todos para buscar uma decisão em conjunto.”.
“Eu realmente acredito, de forma bastante honesta, que ninguém deve ser marginalizado. Pelo contrário, precisamos aprender a viver em harmonia com todos“, disse ele, rindo.
O comentário finalizou-se com uma explosão de risadas na audiência e da moderadora, que acrescentou: “quero parabenizá-lo, pois essa foi uma maneira magnífica e expressiva de evitar responder à pergunta.”. (Foto: Reprodução)
