Durante o mês de março, ocorrem os últimos encontros estaduais que precedem a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), programada para os dias 6 a 9 de maio, em Brasília. Organizado pelo governo federal através do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o evento promove discussões sobre a crise climática e procura envolver a sociedade na criação de novas políticas ambientais que estejam em conformidade com os compromissos internacionais.
Neste mês, estão programadas 23 conferências estaduais, das quais 19 ocorrerão somente nesta semana. Estados como Mato Grosso, Sergipe, Piauí e Acre, bem como o Distrito Federal, concluíram suas etapas, apresentando propostas e selecionando delegados para a fase nacional.
Os representantes escolhidos nas conferências locais apresentam, nas fases estaduais, 20 sugestões que serão discutidas em âmbito nacional. Os arquivos contendo as recomendações geradas por esse processo, chamados de Cadernos de Propostas, podem ser acessados pelo público.
A abordagem da conferência é sustentada por cinco pilares principais: redução das alterações climáticas, adaptação e reação a calamidades ambientais, equidade climática, transformação sustentável e gestão associada à educação ambiental.
O Brasil está lidando com as consequências diretas da mudança climática, incluindo inundações no Rio Grande do Sul, prolongadas estiagens e repetidas ondas de calor, o que torna a discussão sobre o assunto ainda mais premente.
Relevância internacional
Segundo informações fornecidas pela organização do evento, o processo de participação envolveu 2.470 cidades em todo o território nacional. No total, ocorreram 620 conferências em nível municipal, 191 encontros intermunicipais e 494 conferências livres, somando 1.305 oportunidades de discussão.
Neste ano, enquanto o Brasil se organiza para acolher a Cúpula do Clima da ONU (COP 30) em novembro de 2025, a CNMA atua como um indicador das questões que serão abordadas nesse encontro mundial. Diante de temperaturas recordes e obstáculos na gestão climática global, a urgência por políticas ambientais eficazes se torna cada vez mais clara. ( Foto: ASCOM SEMA)
