Uma recente pesquisa comercial nos Estados Unidos pode afetar novamente o setor brasileiro de madeiras em tábua. Neste sábado (1º/3), o presidente Donald Trump assinou uma ordem que estabelece medidas para elevar a produção interna de madeira, o que, por sua vez, tornará mais difícil a importação desse produto.
Dentre as ações, existe um mecanismo que permite ao Departamento de Comércio realizar investigações sobre os possíveis riscos que as importações do item podem representar para a segurança nacional.
As investigações serão lideradas pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e se fundamentam na Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962. É relevante ressaltar que essa mesma legislação foi utilizada por Trump para fundamentar a implementação de tarifas globais sobre o aço e o alumínio que são importados, o que também afeta consideravelmente as exportações do Brasil.
Os produtos que precisam ser afetados incluem todos os itens confeccionados com madeira processada, como móveis e armários para cozinhas. Até o momento, não existe uma previsão oficial para o término das investigações, embora a informação fornecida pelo representante da Casa Branca sugira que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos pode acelerar o andamento do processo.
Embora um alto funcionário do governo dos Estados Unidos não tenha revelado qual seria a taxa proposta para os produtos feitos de madeira, o presidente Donald Trump declarou no começo do mês passado que estava considerando a implementação de uma tarifa de 25% sobre madeira processada e produtos derivados da floresta.
Uma fonte anônima revelou que o governo dos Estados Unidos vê a dependência de madeira importada como um risco para a segurança nacional. O funcionário detalhou que esse material é amplamente utilizado pelas forças armadas do país na área da construção. Além disso, ele enfatizou que confiar excessivamente em importações de um recurso que poderia ser abundante internamente representa uma ameaça para a economia.
