No início da tarde deste sábado (1º), em Montevidéu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)participou da cerimônia de posse de Yamandú Orsi como novo presidente do Uruguai.
Escolhido pela Frente Ampla, o político de orientação esquerdista liderará a nação vizinha nos próximos cinco anos, até o início de 2030.
A liderança de Orsi proporciona a Lula um novo parceiro na região, especialmente no Mercosul, que inclui também a Argentina e o Paraguai.
Orsi se reuniu com Lula em novembro de 2024, após sua eleição, e promoveu a ideia de integração na região, além de fortalecer laços com nações europeias. Lula, por sua vez, é um grande defensor e busca garantir a realização do tratado comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Zelensky humilhado
Durante contato com jornalistas, Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, passou por uma “humilhação” em relação ao mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump. O encontro entre Trump e Zelensky, que ocorreu na última sexta-feira (28) para discutir uma resolução para a crise com a Rússia, resultou em uma série de insultos diante da imprensa global.
Para Lula, foi uma “imagem incompreensível”.
“Mesmo não atuando como diplomata, creio que, desde os primórdios da Terra e da diplomacia, nunca houve um episódio tão surreal e desrespeitoso quanto o que aconteceu no Salão Oval da Casa Branca. Estou convencido de que há um segmento da sociedade que se baseia na falta de respeito ao próximo, e é impossível debater sobre democracia sem que haja consideração pelo outro.”.
“Eu acredito que o Zelensky passou por uma humilhação; para Trump, parecia que isso era algo que ele merecia“, declarou Lula em uma entrevista coletiva em Montevidéu, no Uruguai.
Na reunião, Trump fez críticas ao ex-parceiro dos Estados Unidos, alegando que Zelensky estava sendo “desaforado” em relação à nação americana. Essa afirmação forte de Trump ocorreu após o presidente ucraniano insinuar que, futuramente, os EUA poderiam se arrepender de negociar um pacto com a Rússia para pôr fim à guerra.
Líderes europeus demonstraram apoio a Zelensky após a controvérsia com Trump, ressaltando uma notável divisão entre os tradicionais aliados dos Estados Unidos e da Europa em relação à retomada do conflito desde o retorno de Trump ao cargo. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
