O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (30), que a administração não planeja implementar novas medidas fiscais para equilibrar as contas do governo. Ele mencionou que eventuais cortes não estão entre as prioridades do Executivo e só serão reconsiderados se surgirem necessidades.
“Não há outra ação fiscal planejada. Se surgir a necessidade de tomar alguma providência ao longo do ano, nos reuniremos com o governo para discutir. No entanto, se depender de minha decisão, não haverá nova medida fiscal“, afirmou durante uma entrevista a repórteres no Palácio do Planalto.
De acordo com Lula, o orçamento do ano atual terá “limitações” no que diz respeito às despesas, embora os investimentos não sejam afetados. O projeto orçamentário para 2025 ainda aguarda aprovação no Congresso Nacional. Para 2025, mesmo diante do déficit registrado até agora, a administração pública busca uma meta fiscal de déficit igual a zero, levando em conta a faixa inferior estipulada no arcabouço fiscal, que autoriza um déficit de até 0,25% do PIB.
“O orçamento será homologado – ainda não foi aprovado – com todas as limitações possíveis em relação a gastos, mas sem restrições para investimentos,” afirmou Lula.
Durante a entrevista, Lula rejeitou a ideia de que há um “déficit fiscal“ no Brasil e enfatizou que a administração se empenhará para alcançar o equilíbrio financeiro. “No governo anterior, o déficit fiscal foi de aproximadamente 2,6%. No nosso, isso não ocorreu. Na verdade, se não fosse pela situação do Rio Grande do Sul, teríamos alcançado superávit pela primeira vez em várias décadas”, afirmou.
