“Le Monde” condena a parceria entre Trump e Musk e se despede do X.

O Le Monde divulgou em um editorial publicado na segunda-feira (20.jan.2025) sua decisão de se afastar do X (antigo Twitter). O diretor do periódico francês, Jerome Fenoglio, expressa que as colaborações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Repúblicano), e proprietários de plataformas sociais como Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta) constituem um risco para o acesso a informações confiáveis.

No artigo chamado “Se battre sur le terrain des faits”, Fenoglio afirma que, após a aquisição da plataforma por Musk em 2022, “a rede social mudou de direção” e “o empresário a converteu em uma extensão de suas ideias políticas, um libertarismo que se alinha cada vez mais com a extrema-direita, servindo como um meio para atacar adversários ou governos sociaisdemocratas na Europa”.

 

Automatização

O responsável pelo Le Monde informa que, devido às alterações no algoritmo, o jornal, assim como outras publicações tradicionais, está sendo exibido com menor frequência. De acordo com suas palavras, a participação na plataforma X já tinha sido minimizada ao “estritamente necessário”, sendo realizada de forma automatizada. “No entanto, com o aumento do ativismo de Musk e a confirmação de sua influência no governo de Trump, a crescente toxicidade nas interações nos levou a perceber que os benefícios da nossa presença não superam os efeitos adversos que estamos enfrentando”, afirma.

O diretor também teceu comentários negativos sobre Trump, que assumiu o cargo na segunda-feira (20 de janeiro). Ele afirmou que “o uso de falsidades, agressões, manipulações, coação, cinismo, egoísmo, sexismo, racismo e aversão às instituições jurídicas são características evidentes de Donald Trump ao longo de sua trajetória como empresário do setor imobiliário, postulante à presidência, presidente eleito em 2016 e derrotado em 2020”. (Foto: Le Monde/Divulgação)

 

Instrução a colaboradores

Segundo o editorial do Le Monde, a publicação aconselhou seus jornalistas a reduzirem a utilização da plataforma. Fenoglio também menciona que começará a monitorar o uso de outras redes sociais, principalmente aquelas geridas pela Meta, após o que classificou como “declarações alarmantes” de Zuckerberg.

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