Um movimento de protesto contra um projeto de lei propondo mudanças no Estatuto do Magistério foi transformando em cenário de guerra, em frente a sede da Assembleia Legislativa do Estado do Pará.
Uma reação desproporcional da Polícia Militar culminou com espancamentos de professores, uso de balas de borracha, spray de pimenta e até registro de pessoas feridas.
Tropa da Polícia Militar utilizou também cassetetes para dispersar os manifestantes que protestavam contra o governador Helder Barbalho (MDB).
Conforme apurou o portal Opinião em Pauta, os deputados estaduais Renato Oliveira e Erick Monteiro quando tentavam adentrar o prédio do legislativo foram impedidos pelos manifestantes, desencadeando tumulto generalizado.
Policiais que se encontravam próximos ao aceso à AL, numa reação em precedentes, passaram a atacar os educadores concentrados em frente ao prédio usando spray, cassetetes e balas de borracha.
Como consequência da violência policial, uma professora do município de Abaetetuba, município distante 100 km de Belém, foi uma das primeira vítima. Jociana Ribeiro foi atingida e passou mal, sendo ocorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Outra vítima, o professor Alan Silva (foto), relatou também ter sofrido agressões por parte de policiais que intervieram utilizando balas de borracha e spray de pimenta.
A manifestação dos professores ocorre em frente à Alepa como resposta às medidas propostas pelo governador Helder Barbalho (MDB), que foram aprovadas pelas comissões da casa legislativa.
O foco do protesto é o Projeto de Lei 729/2024, que está em votação hoje no plenário.
O texto prevê, entre outras mudanças, alterações no Estatuto do Magistério, gerando insatisfação entre os profissionais da educação.
Versão da PM
O comando da Polícia Militar informa que os manifestantes arremessaram objetos contra os agentes de segurança, resultando na aplicação de medidas de contenção com o uso de balas de borracha e spray de pimenta.
PM confirma também que dois manifestantes foram detidos.