General Heleno registrou monitoramento de ministro e ex-deputado petista

As anotações do general Augusto Heleno, apreendidas pela Polícia Federal como parte de investigações, trouxeram à tona detalhes das prioridades e estratégias do então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Jair Bolsonaro.

Entre os registros, destaca-se a menção ao monitoramento do ex-deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O nome de Cândido aparece em uma lista de assuntos considerados prioritários para serem tratados entre Heleno e Bolsonaro. Também constam os nomes de José Eduardo Cardoso, ex-ministro da Justiça, e Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, vinculados a tópicos descritos de forma enigmática, como “bunker em S. Paulo” e “braço em Brasília”.

O caderno de Heleno registra: “Falar c/o Pres – Vicente Cândido (ex-deputado PT) sendo acompanhado pela Abin”. A coluna procurou Vicente Cândido, que afirmou não saber que estava sendo monitorado pela agência e demonstrou surpresa ao descobrir o fato. “Fui pego de surpresa por essa informação. Não fazia ideia disso, fiquei sabendo através do contato de vocês”, disse o ex-deputado.

Cândido aventou possíveis razões para seu nome figurar entre os assuntos destacados por Heleno. Ele mencionou seu histórico político como um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e sua longa trajetória como parlamentar.

Além de Vicente Cândido, as anotações de Heleno mencionam José Eduardo Cardoso e Alexandre Padilha, figuras de destaque nos governos do PT. As referências a eles aparecem com os termos “bunker em S. Paulo” e “braço em Brasília”, respectivamente. Embora os registros não tragam mais detalhes sobre esses apontamentos, as expressões sugerem um acompanhamento ou preocupação com suas articulações políticas e influência em regiões estratégicas. (Fotos: Reprodução)

 

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