A advogada e influencer ficou presa por 19 dias no mês de setembro após se tornar alvo de uma investigação. Comissão no Senado também quer ouvir CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá, do West Ham
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado aprovou, na terça-feira (8), a convocação da influenciadora Deolane Bezerra para prestar depoimento. A oitiva ainda será marcada pelo presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB-GO).
Alvo da operação da Polícia Federal que investiga crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, Deolane foi presa em 4 de setembro por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que teria movimentado quase R$ 3 bilhões entre 2019 e 2023. Ela nega as acusações. A influencer deixou o Centro de Detenção Feminino em Buíque (PE) no dia 24.
“Entendo que a convocação de Deolane Bezerra pode ajudar esta comissão parlamentar de inquérito a esclarecer questões atinentes ao objetivo final desse CPI que é o de desvendar possíveis implicações de facções criminosas com as empresas que atuam no mercado de jogos de apostas online”, justificou o senador Eduardo Girão (Novo-CE) no pedido.
Na sessão desta terça a CPI também convocou o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, alvo da mesma operação da PF. No ano passado, ele chegou a ser convocado para depor na CPI da Manipulação de Jogos de Futebol na Câmara dos Deputados, mas não compareceu.
Também foi convocado para prestar depoimento Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá, do West Ham. O atleta é investigado na Inglaterra por supostamente ter se envolvido com manipulação de partidas. Luiz Henrique, jogador do Botafogo, também foi citado na mesma investigação, mas não responde a qualquer processo na Inglaterra ou na Espanha. À época dos jogos investigados, Luiz Henrique defendia o Real Bétis, da Espanha.
Os senadores ainda aprovaram, entre outros, convites para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e para o presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, André Pereira Gelfi —neste caso, eles não são obrigados a comparecer.
(Foto: Agência News)