Anatel autoriza maior concorrente da Starlink a atuar no Brasil

 

E-Space Africa terá direito a operar um sistema composto por até 8,6 mil satélites pelo prazo de cinco anos

 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acaba de dar um passo significativo para o mercado de internet via satélite no Brasil ao autorizar a empresa francesa E-Space a operar no país. Com a autorização, no último dia 9 de setembro, a E-Space poderá lançar até 8.640 satélites de baixa órbita, pelo prazo de cinco anos, trazendo uma nova concorrência para a gigante Starlink, que há algum tempo já se estabeleceu no segmento.

A empresa franco-americana já conta com uma pessoa jurídica sediada no país para viabilizar a operação, em São Paulo. Tal movimentação promete trazer mudanças interessantes para os consumidores brasileiros e concorrência para o setor. O serviço foi fundado por Greg Wyler, um norte-americano empreendedor do ramo de tecnologia. Ele já havia estado à frente da criação da O3B Networks e a OneWeb, empresas também atuantes no fornecimento de internet para áreas remotas.

 

O que muda?

Após o pagamento de um licenciamento inicial de R$ 20 mil, a E-Space agora passa a ter a responsabilidade de iniciar suas operações dentro de dois anos. A falta desse cumprimento pode levar à perda da concessão, o que significa que a empresa precisa se movimentar para começar a oferecer seus serviços.

Os planos da E-Space têm como foco principal a oferta de internet via satélite para dispositivos de Internet das Coisas (IoT). Essa estratégia diferencial pode torná-la uma opção atraente para um nicho específico de mercado que está em crescimento.

Um dos aspectos mais interessantes da E-Space é a tecnologia de seus satélites. Eles são projetados para serem menores e mais resistentes a colisões do que os dispositivos de outras empresas, como a Starlink. Além disso, possuem um sistema inovador para coletar detritos de outros satélites na órbita terrestre, representando um avanço significativo em relação à segurança e sustentabilidade do ambiente orbital.

Enquanto a Starlink já opera com 4.400 satélites, a E-Space promete um número que é mais do que o dobro, o que poderia lhe proporcionar uma vantagem competitiva no fornecimento de serviços. No entanto, é importante salientar que, apesar de sua tecnologia promissora, a empresa não divulgou quantos satélites já estão em funcionamento e suas velocidades de conexão serão inferiores às da concorrente.

Com a chegada da E-Space, a Starlink já tem uma rival à altura, e isso pode ser um fator positivo para os consumidores, que podem se beneficiar de mais ofertas e planos de internet via satélite. Essa competição é cheia de expectativas, especialmente agora que também existem outras empresas, como uma da China, que pretendem adentrar nesse mesmo mercado, prometendo impactar diretamente a hegemonia da Starlink a curto prazo.

A autorização da E-Space para operar no Brasil é um sinal claro de que o mercado de internet via satélite está em franca expansão. Com várias empresas se aventurando nesse setor, a competição tende a aumentar, potencialmente reduzindo custos e melhorando a qualidade do serviço oferecido aos usuários.

(Foto: Reprodução)

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