Quaest: Após cadeirada, Marçal cai, Boulos sobe e empata com Nunes

Pesquisa Quaest aponta o prefeito Ricardo Nunes com 24% das intenções de voto, seguido de Guilherme Boulos, com 23%, e Pablo Marçal, com 20%. Datena (10%), autor da “cadeirada”, variou para cima

 

A primeira pesquisa Quaest divulgada após a cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura, na noite de domingo (15), mostra o ex-coach numericamente abaixo dos líderes Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo. O atual prefeito tem 24% das intenções de voto, contra 23% do deputado federal e 20% do ex-coach. Considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou menos, o trio está tecnicamente empatado.

Marçal aparecia com 23% das menções há uma semana, antes portanto da agressão sofrida em debate realizado no último domingo, e agora teve variação negativa de três pontos percentuais. Nunes registrava 24% das intenções de voto sete dias atrás, a mesma taxa de agora, enquanto Boulos somava 21% no levantamento anterior e oscilou duas casas para cima.

A candidata Tabata Amaral (PSB) variou de 8% para 7% e agora aparece numericamente atrás de Datena, que oscilou de 8% para 10% após a agressão a Marçal — no fim de julho, o ex-apresentador chegou a figurar entre os líderes da disputa, à época com 19% das menções. A candidata Marina Helena é escolhida por 2% dos eleitores. São 7% os que declaram a intenção de votar nulo ou em branco, e outros 7% se dizem indecisos.

Encomendada pela TV Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo SP-00281/2024. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre domingo e terça-feira. O nível de confiança é de 95%. O nível de confiança é de 95% — o que significa que a cada 100 pesquisas em 95 o resultado vai se repetir, segundo o instituto. O Instituto Datafolha anuncia que vai divulgar uma pesquisa eleitoral, também realizada após a cadeirada de Datena, nesta quinta-feira (19).

De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, 85% das entrevistas foram feitas entre segunda e terça, dias seguintes ao debate em que houve o episódio da cadeirada em Marçal. Principal “perdedor” dessa rodada, o candidato do PRTB teve a agressão sofrida no debate da TV Cultura como destaque solitário de sua campanha nos últimos dias — afora uma motociata com engajamento abaixo do esperado na manhã de domingo.

O ex-coach alternou discursos nas horas seguintes à cadeirada que o atingiu: chegou a comparar o episódio com os atentados sofridos por Bolsonaro (em 2018) e Donald Trump, publicou vídeo com máscara de oxigênio na ambulância que o levou ao Hospital Sírio-Libanês, e depois deixou a unidade médica classificando a cadeirada como “só um esbarrão”. A Quaest sugere que a narrativa de vítima não colou como o ex-coach pretendia e que houve abalos na convicção do eleitorado marçalista.

 

Confira os números da pesquisa Quaest para prefeito de São Paulo:

Ricardo Nunes (MDB): 24% (eram 24% na anterior)

Guilherme Boulos (PSol): 23% (eram 21%)

Pablo Marçal (PRTB): 20% (eram 23%)

José Luiz Datena (PSDB): 10% (eram 8%)

Tabata Amaral (PSB): 7% (eram 8%)

Marina Helena (Novo): 2% (eram 2%)

Bebeto Haddad (Democracia Cristã): 0% (era 1%)

João Pimenta (PCO): 0% (era 0%)

Ricardo Senese (Unidade Popular): 0% (era 0%)

Altino Prazeres (PSTU): não pontuou (era 0%)

Indecisos: (eram 5%)

Branco/nulo/não vai votar: (eram 8%)

 

(Foto: Reprodução)

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