Avaliação é de que a liberdade de aliados não representa leniência em relação ao ex-presidente
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de soltar dois aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na semana passada, não foi vista entre ministros da corte como um gesto de abrandamento em direção ao ex-presidente, inclusive em relação a uma possível prisão.
A liberação de Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal, e de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, ocorreu porque as detenções, que eram preventivas, já não se justificavam mais, segundo magistrados ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
Os ministros do STF interpretam que a situação de Bolsonaro não foi alterada pelo ato de Moraes e consideram que ainda há uma chance consistente de o ex-presidente ser preso. No entanto, isso só ocorreria após uma condenação com trânsito em julgado, após todos os recursos legais serem esgotados.
O processo mais crítico para Bolsonaro é o que investiga a tentativa de golpe de Estado, com a Polícia Federal prevendo apresentar um relatório final e possível indiciamento do ex-presidente no próximo mês. Bolsonaro já foi indiciado em outras investigações, incluindo o caso do cartão de vacina e das joias da Arábia Saudita.
(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)