Conhecido como “ouro negro”, por causa da cor e do alto valor, a cassiterita, minério pouco conhecido do público, vale, em média, R$ 56 o quilo. Essa matéria-prima é a principal fonte para se obter o estanho, metal nobre usado na fabricação de smartphones e tablets
As Forças Armadas desmontaram dois garimpos ilegais com 200kg de cassiterita – conhecido como “ouro negro”- em sacos e aproximadamente uma tonelada do mineral em montes na região de Waikás (RR), a 300km de Boa Vista, às margens do Rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami.
A Operação “Catrimani II”, coordenada pelo Ministério da Defesa, focou em operações ilegais às margens do Rio Uraricoera. Após a ação dos militares e agentes envolvidos na operação, foram destruídos diversos equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais, incluindo: dez motores, uma esteira, três geradores, uma motosserra e três motobombas.
Estima-se que, na região de garimpo, a infraestrutura básica de acampamento esteja avaliada em R$ 30 mil. Já a cassiterita, minério pouco conhecido do público, mas de grande valor no mercado de extração e beneficiamento, possui o valor médio de R$ 56 o quilo.
Ela é a principal fonte para se obter o estanho, metal nobre usado na fabricação de smartphones e tablets, por exemplo. O material é usado na composição do material da tela e das placas de circuitos eletrônicos. O estanho também compõe o revestimento interno de enlatados, faz parte na fabricação de fungicidas e usado na indústria para formar ligas, como bronze, latão e soldas.
A apreensão do material ocorreu no sábado (20), como parte da Operação Catrimani II, coordenada pelo Ministério da Defesa, mas só foi divulgada na manhã desta segunda-feira (22). Após a ação, foram destruídos diversos equipamentos usados pelos garimpeiros ilegais.
A demanda por essa matéria-prima explodiu durante a pandemia, com o aumento da procura por aparelhos eletrônicos. E isso, é claro, despertou a atenção dos garimpeiros ilegais que exploram a cassiterita desde os anos 70.
De acordo com relatório do Ministério Público Federal, de janeiro de 2021 até início de maio de 2022, foram apreendidas mais de 200 toneladas de cassiterita só em Roraima. Em março deste ano, outra operação da PF, também em Território Ianomâmi, apreendeu outras 27 toneladas. A PRF estima que mais de 400 toneladas tenham sido apreendidas pela instituição nos últimos três anos.
De acordo com relatório do Ministério Público Federal, de janeiro de 2021 até início de maio de 2022, foram apreendidas mais de 200 toneladas de cassiterita só em Roraima. Em março deste ano, outra operação da PF, também em Território Ianomâmi, apreendeu outras 27 toneladas. A PRF estima que mais de 400 toneladas tenham sido apreendidas pela instituição nos últimos três anos.
(Foto: Divulgação/Forças Armadas)