Até quando estaremos à mercê das Big Techs?

  1. Pane na rede Mundial de Computadores: até quando estaremos à mercê das Big Techs?

Uma das maiores companhias entre as Big Techs apresentou problemas, interrompendo a prestação de seus serviços na madrugada e em boa parte do dia 19/7. Até onde se sabe, a pane ocorreu durante a atualização de um programa da empresa Crowdstrike, que fornece o software para a Microsoft.

Seria um problema banal, não fosse a tal Big Tech estadunidense a maior fornecedora do Mundo de sistemas operacionais para a Rede Mundial de Computadores (Internet), entre eles o Windows e o Azure (armazenamento em nuvem).

Como resultado, foram afetados negócios e serviços mundo afora. Aeroportos e companhias aéreas, operadoras de telecomunicações, canais de TV, bolsas de valores, bancos, transportes públicos, foram alguns dos setores com mais problemas.

Uma investigadora de cibersegurança da Universidade da Austrália do Sul, afirmou que o impacto global das interrupções será provavelmente “enorme”.

Quantos milhões de pessoas foram atingidas por essa falha? Elas serão ressarcidas em seus prejuízos? Como setores estratégicos para o funcionamento de serviços em todo o Planeta podem ser controlados por alguns poucos grupos privados de tecnologia de ponta?

As Big Techs não deveriam estar, no mínimo, sob um sistema de regulação internacional? Até quando os senhores do Mundo vão permanecer indiferentes a isso?

 

  1. Deus e o diabo em campanha nos EUA

Enquanto a reeleição do democrata Joe Biden parece cada vez menos provável, diante das condições físicas e mentais do candidato, Donald Trump segue na ofensiva em sua campanha à Presidência dos EUA.

No discurso que fez na convenção do Partido Republicano, Trump iniciou em tom de conciliação, apelando à união dos cidadãos norte-americanos, independente de cor, sexo, simpatia partidária e classe social.

Mas logo voltou suas baterias contra os adversários, abordando temas explosivos. Prometeu finalizar o muro que separa os EUA do México e a deportação em massa de imigrantes, a exploração intensiva do petróleo e acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Sobre o atentado que sofreu dias antes da convenção, Trump apelou à religiosidade ao afirmar que escapou porque teve Deus ao seu lado. Fechou o discurso com toda a família no palco, como é comum em espetáculos de alguns bispos de seitas religiosas.

Os democratas têm até o final de agosto para convencer Biden a desistir de sua candidatura. Será que só enxergaram o óbvio nas últimas semanas? Além das gafes, típicas de um cidadão senil, Biden se arrasta ao caminhar e tem dificuldades para subir escadas.

Mais dramático do que as condições físicas e intelectuais dos dois candidatos à Presidência, só mesmo a decadência política nos EUA. De um lado, um líder que incitou seus comandados a uma tentativa de golpe de Estado, com um saldo de seis mortos. De outro, o porta-voz da guerra, conhecido pela alcunha de “Genocide Joe” pelo apoio de seu governo ao massacre em Gaza.

 

(*) Coluna semanal do jornalista Henrique Acker (correspondente internacional)

Relacionados

plugins premium WordPress