Ex-presidente é cabo eleitoral do atual prefeito Ricardo Nunes. Ainda de acordo com a pesquisa, 45% dos paulistanos não votariam num candidato indicado pelo presidente Lula, que tem o psolista Guilherme Boulos, como seu escolhido
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um padrinho eleitoral mais eficaz do que o seu antecessor e rival, Jair Bolsonaro (PL), na disputa municipal em São Paulo. A vantagem do petista, contudo, vem caindo desde que o Datafolha passou a apurar o dado. Na capital paulista, Guilherme Boulos (PSol) é o nome apoiado por Lula na primeira disputa em que o PT não terá um nome próprio na cidade. Já Bolsonaro é próximo do prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas a relação anda estremecida e especula-se se ele poderá migrar para a pré-candidatura do coach Pablo Marçal (PRTB).
De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira (29) no jornal Folha de S.Paulo, 61% dos eleitores da cidade de São Paulo não votariam em uma candidatura indicada por Bolsonaro — ante 63% da pesquisa realizada em março. De acordo com os números, 45% dos paulistanos não votariam num candidato indicado pelo presidente Lula – era 425% no último levantamento. Pelas estatísticas, 28% talvez daria votos em uma candidatura apoiada pelo petista. Para 28% dos entrevistados, existe a possibilidade de votarem numa postulação indicada por Bolsonaro.
A pesquisa também mostra que 23% dos paulistanos votariam com certeza em um nome apoiado por Lula, índice semelhante ao aferido em agosto de 2023 e março deste ano. Já aqueles que com certeza dariam o voto a um nome sugerido por Bolsonaro foram de 13% para 17% e 18%, respectivamente, reduzindo a diferença favorável da indicação de Lula de dez para cinco pontos percentuais.
Ainda segundo o Datafolha, 46% das pessoas ouvidas conhecem o apoio de Lula à candidatura de Boulos, enquanto 29% dizem desconhecer. Já 26% sabem do endosso de Bolsonaro ao prefeito. Incluído pelo instituto agora, o coach Pablo Marçal, pré-candidato pelo PRTB, é identificado por 10% dos entrevistados como apoiado por Bolsonaro. Outros apoiadores dos pré-candidatos também foram avaliados: o vice-presidente Geraldo Alckmin, do mesmo partido da deputada Tabata Amaral (PSB), e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), alinhado a Nunes.
No caso de Alckmin, 14% votariam na pessebista pelo apoio do ex-governador paulista, ante 49% de rejeição. De acordo com o Datafolha, 23% dos entrevistados reconhecem Boulos com candidato apoiado por Alckim, e não Tabata. O candidato apoiado por Tarcísio teria 18% dos votos, ante 45% que nunca o fariam. Nunes é visto como nome do governador por 33%.
A pesquisa, feita entre os dias 27 e 28 de maio, ouviu 1.092 eleitores da capital paulista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado sob o número SP-08145/2024 no Tribunal Superior Eleitoral.
(Foto: © Getty)