Mais de 104 mil toneladas de arroz importado devem ser compradas no primeiro leilão, marcado para a próxima terça-feira (21). A importação de cereal visa enfrentar as consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no RS
O governo federal anunciou que o arroz que será importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegará ao consumidor brasileiro por, no máximo, R$ 4 o quilo. No primeiro leilão, marcado para a próxima terça-feira (21), serão adquiridas 104 mil toneladas do cereal.
A importação visa enfrentar as consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul. O cereal deverá ser empacotado em embalagem de 2kg. A informação foi dada nesta quarta-feira (15), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),estatal do Ministério da Agricultura que ajuda a gerir políticas agrícolas.
“O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Conforme estabelecido pela Medida Provisória 1.217/2024, a compra será feita por meio de leilões públicos, ao longo de 2024. Os estoques serão destinados aos pequenos varejistas das regiões metropolitanas, de acordo com os indicadores de insegurança alimentar, exceto o Rio Grande do Sul.
A primeira remessa de arroz vai para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia, segundo a portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério da Fazenda n.º 3/2024. O valor da operação estabelecido no ato interministerial é de R$ 416 milhões.
A ação faz parte de uma medida provisória publicada na última sexta-feira (10) que liberou a importação até 1 milhão de toneladas de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído uma parte das lavouras do grão. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil.
Ainda na sexta, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o governo não quer concorrer com os produtores de arroz do RS e que não há risco de faltar arroz no Brasil. Ele disse que a medida é para evitar especulação de preços e recompor os estoques públicos do país.
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