A medida do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de promulgar uma lei para anexar Essequibo, território da Guiana, é avaliada por integrantes do Exército brasileiro como uma ação “eleitoreira”. Porém, militares que acompanham de perto a situação não descartam uma escalada de tensão na região.
Na percepção de integrantes da Força, Maduro “não quer guerra com ninguém”, mas usa a disputa por Essequibo, área rica em petróleo e recursos naturais, para se promover politicamente às vésperas das eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
O ponto de atenção dos militares brasileiros é justamente que a situação, neste momento considerada uma medida retórica, possa sair de controle e ter consequências práticas.
O Exército Brasileiro segue monitorando a região e aguarda um posicionamento do Itamaraty sobre a crise. Até agora, o Ministério das Relações Exteriores não se manifestou sobre a medida de Maduro.
Desde o início da crise entre Venezuela e Guiana, a Força vem reforçando o efetivo na região de fronteira com o aumento de 10% das tropas no Comando Militar do Norte e no Comando Militar da Amazônia, que passará de 27 mil para 30 mil militares.
Além disso, a Força já concluiu o envio de 28 blindados e mais de cem viaturas para Roraima, além de equipamentos e armamentos.
Na imagem, parte da região de Essequibo (Foto: REUTERS)