Quem pensa que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal encontraram Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), dando sopa e circulando à toa por aí está completamente enganado.
A dupla foi localizada e recapturada nesta quinta-feira (4) quando cruzava uma ponte sobre o rio Tocantins, em Marabá, no Pará, a mais de 1.600 km de distância do ponto do território potiguar de onde escaparam.
O serviço de inteligência da PF já vinha monitorando três aparelhos celulares que estavam com os criminosos e, ao perceberem que eles ingressariam na ponte, fecharam a rodovia nos dois sentidos, antes e depois da passagem, com auxílio da PRF. Os agentes, fortemente armados e treinados, foram então até os criminosos, mas eles não estavam sozinhos, tampouco inofensivamente desarmados.
Deibson e Rogério estavam num comboio formado por três veículos, acompanhados de outros quatro homens. Nos automóveis, que foram cercados sob a mira dos agentes federais, foram encontrados oito telefones celulares, três dos quais eram os já monitorados pelas autoridades, além de dinheiro, vários cartões de crédito e débito, além de um moderno e sofisticado fuzil Colt 5.56 municiado e com dois carregadores.
A PF teve o cuidado de abordar o “bonde” com os líderes de uma facção filiada ao Comando Vermelho no Acre só quando todos os veículos e ocupantes estivessem sobre a ponte, evitando que, no caso de uma abordagem na rodovia, os criminosos corressem para as águas do rio.
A mobilização do Comando Vermelho em diversos estados do país, escalando rapidamente seus integrantes para facilitar a fuga dos bandidos, impressiona especialistas.
A organização do crime realmente é uma ameaça à democracia e a estabilidade da segurança pública do país.
Na imagem, PRF’s conduzem fugitivos do presídio federal de Mossoró recapturados no PA. (Foto: PF/Divulgação)