País gera 474 mil vagas com carteira assinada nos dois primeiros meses do ano. Número é o melhor para o mês desde 2022. Ministro Trabalho, Luiz Marinho, diz que presidente Lula comemorou o resultado: “muito feliz”
A economia brasileira gerou 306.111 empregos com carteira assinada durante o mês de fevereiro – aumento de 81,7% em relação aos 168,5 mil novos cargos gerados em janeiro. Foram 2,249 milhões admissões contra 1,942 milhão de desligamentos. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Com isso, o saldo total do estoque de emprego formal ficou em 45,9 milhões — dado 0,65% acima do registrado em janeiro e o maior patamar desde novembro de 2023, de 45,9 milhões, e 1,04% acima do montante contabilizado em fevereiro de 2023. Desse total, conforme dados do Caged, 5,2 milhões podem ser considerados não típicos, como temporários e estágios.
Segundo os dados do ministério, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos em fevereiro: Serviços (+193.127 postos); Indústria (+54.448 postos), principalmente na Indústria de Transformação (+51.870 postos); Construção (+35.053 postos); Comércio (+19.724 postos); e Agropecuária com saldo (+3.759 postos).
O número de requerimentos de seguro-desemprego encolheram 6,8% no mês de fevereiro em comparação a janeiro, para 611,1 mil. No acumulado do ano, o saldo de empregos formais criados foi de 474,6 mil, com destaque para o setor de serviços, que respondeu por 56,7% desde saldo, somando 268,9 mil cargos gerados.
A unidade da Federação com maior saldo foi São Paulo, que foi responsável pela criação de 137,5 mil postos de trabalho, seguido por Santa Catarina e Paraná com 52,1 mil e 52 mil, respectivamente. O salário médio de admissão em fevereiro foi de R$ 2.082,79 — queda de 2,4% em comparação a janeiro (R$ 2.133,21).
Comemoração
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou feliz com os dados positivos do mercado de trabalho formal, de acordo com o ministro Luiz Marinho. Segundo ele, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro voltaram a surpreender e a expectativa dele e do chefe do Executivo é que, ao longo do ano, os analistas continuem errando nas previsões.
“O presidente Lula ficou muito feliz com esse número e nós também, e esperamos que em março venha reforçar mais essa tendência positiva”, disse Marinho, a jornalistas, durante a apresentação dos números do Caged. Segundo ele, para este ano, a expectativa do governo é que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os novos investimentos do setor automotivo devem criar mais vagas do que o 1,5 milhão criadas no ano passado, podendo, finalmente, chegar aos 2 milhões de novos empregos, como ele estava prevendo para 2023.
“O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9% no ano passado e os analistas previam, no início do ano, 0,5%. Este ano, especialistas estão levando em consideração um crescimento de 1,5% a 1,7%. E o presidente Lula brincou de novo e disse que os economistas vão errar de novo”, apontou.
(Foto: Jana Pessôa/Setas-MT)