Henrique Acker (correspondente internacional) – Em entrevista concedida dia 2 de fevereiro, representantes da Organização Mundial de Saúde alertaram que cerca de 100 mil palestinos foram seriamente atingidos pelo cerco e bombardeio de Israel no território de Gaza, desde 7 de outubro de 2023.
De acordo com a OMS, além dos cerca de 27 mil mortos – entre os quais 75% eram crianças, mulheres e idosos – 66 mil habitantes de Gaza foram feridos e sete mil estão desaparecidos. A destruição atingiu a metade dos hospitais e apenas 14 deles ainda atendem pacientes parcialmente.
Cerca de 1,7 milhão de pessoas – mais de 80% da população de Gaza – estão deslocadas, com quase metade amontoadas no extremo sul da faixa, segundo as Nações Unidas.
Ainda de acordo com o relatório da OMS, a população palestina vem sendo atingida por epidemias e outras enfermidades. Já foram registrados 245.858 casos de infecções respiratórias, 161.285 de diarreia (23 vezes mais que 2022), 69.962 casos de sarna e piolhos, 44.550 erupções cutâneas e 6.625 ocorrências de catapora.
Satélites da ONU mostram devastação
A ONU apresentou um balanço da destruição de estruturas fundamentais e de moradia no território de Gaza, desde o início do cerco e dos bombardeios pelas Forças Armadas de Israel.
No total, 22.131 estruturas foram identificadas como destruídas, com mais 14.066 consideradas severamente danificadas e outras 32.950 moderadamente danificadas. Segundo o levantamento, 93.800 habitações foram atingidas pelos bombardeios israelenses.
O levantamento foi feito com base num estudo comparativo das imagens do Centro de Satélites das Nações Unidas – UNOSAT. As imagens dos dias 6 e 7 de janeiro de 2024 foram comparadas às de 1º de maio de 2023, 10 de maio de 2023, 18 de setembro de 2023, 15 de outubro de 2023, 7 de novembro de 2023 e 26 de novembro de 2023.
Uma análise de imagens de satélite obtida pela BBC também mostra a extensão da destruição dos bombardeios israelenses. Esta avaliação indica que entre 144 mil e 175 mil edifícios em toda a Faixa de Gaza foram danificados ou destruídos, o que representa entre 50% e 61% das edificações de Gaza. (Foto: AP / Reprodução)
Por Henrique Acker (correspondente internacional)
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