A homologação da delação do ex-PM Ronie Lessa, acusado de matar a ex-vereadora, está na mesa do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça
O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, mencionou em declarações prévias feitas à Polícia Federal (PF) o envolvimento de uma pessoa no caso com foro por prerrogativa de função, popularmente conhecido como foro privilegiado. A delação encontra-se no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que indica que a pessoa por trás da execução de Marielle possui foro por prerrogativa de função.As informações são o jornal O Globo.
Faltando menos de dois meses para o triste aniversário do crime, ocorrido em 14 de março de 2018, a expectativa é que as informações fornecidas por Lessa possam finalmente concluir o caso. Contudo, a confirmação dessas informações está nas mãos dos agentes federais do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise), especializado na elucidação de casos complexos, como o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Também em delação, Élcio de Queiroz, outro ex-PM envolvido no caso, admitiu ter dirigido o carro utilizado na emboscada à vereadora. Élcio mencionou o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão em seu acordo de delação, levantando a possibilidade de que Ronnie Lessa também possa ter implicado Brazão. Ele tem foro privilegiado. A delação de Lessa está na mesa do ministro Raul Araújo, do STJ.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, determinou que o caso seja solucionado até o mês de março, quando o crime completa seis anos. “É um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há menos de um ano à frente dessa investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, mas com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do Caso Marielle”, afirmou ele em entrevista recente.
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