Investimento de R$ 650 milhões tem o objetivo de tornar o parque um centro dedicado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no campo aeroespacial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na tarde desta quinta-feira (18) acordo que formaliza a criação do Parque Tecnológico Aeroespecial da Bahia. A ação é uma parceria do governo federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica, o Estado da Bahia e o Senai Cimatec. Com investimento de R$ 650 milhões na construção do parque e um valor equivalente em equipamentos e laboratórios, o local será um ambiente dedicado ao fomento do ensino e à promoção da inovação. O parque será instalado na Base Aérea de Salvador.
As ilhas de atuação do Parque Tecnológico Aeroespacial serão divididas em quatro vertentes: Espaço, Defesa, Mobilidade Aérea Avançada e Aeronáutica Comercial. Será um espaço para o ensino e pesquisas sobre o campo aeroespacial nas áreas de espaço, defesa, mobilidade aérea avançada e aeronáutica comercial. Ou seja, pesquisas sobre sistemas avançados de voo e de controle de tráfego aéreo, de engenharia aeroespacial, novas tecnologias de energia e propulsão (SAF) e cibersegurança aeroespacial.
“Vir aqui anunciar o lançamento do Parque Tecnológico não é uma coisa qualquer. É preciso entender que fomos colocados no mundo para teimar, para provar que nada é impossível”, disse o presidente Lula durante o evento de assinatura.
O Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia terá cerca de 800 mil metros quadrados e mais de 100 mil metros quadrados de construções. O local vai contar com diversos prédios de engenharia, além de pista para pouso e decolagem de aviões. O objetivo do local é promover pesquisas avançadas sobre o campo aeroespacial. Outros segmentos que serão explorados no local são a mobilidade aérea avançada, defesa e espaço. O parque também vai comportar empresas nacionais e internacionais de tecnologias. Um dos exemplos citados na cerimônia foram corporações de Abu Dhabi, dos Emirados Árabes.
Segundo o superintendente de Novos Negócios do Senai Cimatec, André Oliveira, a expectativa é que o Parque Tecnológico comece a entrar em operações já a partir do primeiro semestre de 2025. “O principal ativo, que é a pista, o pátio de aeronaves, já estão lá e em funcionamento”, disse.
André destacou ainda a importância de ingresso do Brasil no setor. “Esse é um mercado global que hoje está em US$ 807,7 bilhões, com expectativa de chegar a US$ 1,4 trilhão até 2032. É uma grande oportunidade de desenvolvimento socioeconômico para o Brasil”, afirmou.
O secretário da Casa Civil da Bahia, Afonso Florence, ressaltou o ambiente de estabilidade política e econômica como um importante fator para a implantação de uma nova política industrial no estado. “Estivemos acompanhando as providências para atração de empresas e implantação do Parque Tecnológico. Para nós, é uma iniciativa relevante que se soma a outras que estão em curso, como as do setor de energias renováveis. Em nome do governador Jerônimo (Rodrigues), reitero nossa sintonia de política industrial do governo da Bahia com a Federação das Indústrias e Cimatec”, disse.
Além do presidente Lula, participaram do evento os ministros Rui Costa, da Casa Civil; José Mucio, da Defesa; e Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, também participou.
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)