Logo após a Corte Eleitoral formar maioria pela inelegibilidade do ex-presidente por oito anos, autoridades da base de apoio a Lula foram às redes celebrar
Assim que foi formada a maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, ministros, deputados e senadores da base governista comemoraram em suas redes sociais a decisão. A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou, nesta sexta-feira (30), pela inelegibilidade. A decisão ocorre em uma ação de investigação eleitoral (Aije) aberta pelo PDT para apurar uma reunião realizada por Bolsonaro em julho do ano passado com a presença de embaixadores, em Brasília.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi o primeiro a comentar a decisão em suas redes. “Vai de retro!”, escreveu em sua conta do Twitter. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também comemorou. “Grande dia”, disse. Logo depois, ela ironizou: “Eu fico triste com uma notícia dessas”.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, por sua vez, afirmou que a justiça foi feita. “O belzebu desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros, e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a justiça brasileiro para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!”, declarou Lupi. A ação que levou à inelegibilidade foi protocolada pelo seu partido. Ciro Gomes, o candidato pedetista à presidência em 2022, também exaltou a iniciativa da sigla. “Fez-se justiça! Quando nós do PDT pedimos providências ao TSE, queríamos proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro”, escreveu Ciro em sua conta no Twitter. “Bolsonaro inelegível por império da lei”, acrescentou.
O líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), avalia que “a justiça está cumprindo o seu papel da garantia constitucional”. “Com o voto da Ministra do TSE, Cármen Lúcia, está formada maioria para condenar Bolsonaro à inelegibilidade por 8 anos. O Brasil comemora, pois a justiça está cumprindo o seu papel da garantia constitucional. Ninguém está acima da lei!”, escreveu. Já o líder do PSol, Guilherme Boulos (SP) chama Bolsonaro de “miliciano vagabuno” e diz que o “Brasil respira”. “URGENTE! TSE acaba de formar maioria para tornar Bolsonaro INELEGÍVEL. Pelo menos 8 anos sem o miliciano vagabundo nas urnas. O Brasil respira!”, publicou em seu Twitter.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), importante aliado do governo no Centrão, também comemorou a notícia, dizendo que não é “pauta política, mas da polícia”. “Bolsonaro fez um passeio completo pelo crime – comum, eleitoral e de responsabilidade – e produziu provas contra si. A maioria do TSE pela inelegibilidade mostra que não é pauta da política, mas da polícia. Só A CPI o indiciou por 9 delitos, inclusive genocídio”, argumentou.
Com a confirmação da decisão por cinco votos a dois contra, Bolsonaro fica fora das eleições de 2026 e 2030, sendo impedido de disputar qualquer cargo eletivo. O TSE entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político por usar o cargo para obter vantagem eleitoral. A reunião, realizada meses antes das eleições de 2022, foi transmitida pela TV Brasil.
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