Governo define novas regras do programa de viagem a R$ 200

Voa Brasil deve começar a funcionar em agosto com venda de bilhetes mais baratos nos períodos de baixa temporada: entre março e junho e agosto e novembro

 

 

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quinta-feira (29) que o programa Voa Brasil, que venderá passagens aéreas a R$ 200, vai operar a partir de um aplicativo e que não terá mais limite de renda. Os passageiros que se enquadrarem nos requisitos vão poder comprar quatro tickets por ano. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil na noite desta quinta, o ministro disse que mecanismo estreia em agosto.

França listou as novas regras: os passageiros que cumprem os requisitos do programa e não viajaram nos últimos 12 meses deverão baixar um aplicativo do governo federal e cadastrar seus CPFs; no app, os passageiros vão selecionar o percurso que gostariam de realizar (por exemplo, de São Paulo à Manaus ou de Brasília ao Rio de Janeiro); e o mecanismo então vai oferecer opções de datas e voos, sempre no valor de R$ 200, para que o passageiro selecione sua viagem.

Ele disse também que aposentados do INSS e funcionários públicos poderão acessar crédito consignado nos bancos públicos. Será permitido comprar quatro trechos por ano, no total de R$ 800. “Qualquer pessoa que não tenha voado há 12 meses poderá se beneficiar. Aposentado e servidor público devem ter crédito consignado pelos bancos oficiais. Poderão comprar quatro passagens por ano no valor de até R$ 800”, disse.

“Vamos criar uma aplicativo no qual as pessoas irão digitar o CPF e informar qual o trecho querem fazer. Em seguida, o aplicativo dará todas as opções de voos que terão sempre um valor único de R$ 200 por trecho. Mas para participar do programa, a pessoa não pode ter voado nos últimos 18 meses. Além disso, o interessado terá direito a quatro passagens, cada uma a R$ 200, por ano”, ressaltou o ministro.

Márcio França explicou que as passagens serão vendidas para assentos que hoje ficam ociosos nos voos. “As pessoas não percebem, mas em média 21% das cadeiras viajam vazias fora das datas de pico. Então, chamamos as empresas para conversar e dissemos que queremos que elas facilitem o processo de compra da passagem”, explicou.

O ministro afirmou, ainda, que o presidente Lula pediu agilidade nos processos para atrair empresas de baixo custo (low cost) para o Brasil. Essas companhias têm tarifas mais baixas, por não oferecerem alguns serviços em comparação a outras.

O ministro reiterou na entrevista que o programa não é subsidiado pelo governo. Em abril, o ministro afirmou na Comissão de Infraestrutura e na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, que a ideia de passagens por preços mais acessíveis teria sido uma sugestão das próprias companhias aéreas.

“Elas sugeriram que a gente fizesse um programa de até R$ 200 o assento para qualquer trecho, não para todo mundo, mas para aqueles 90% que não voam, ou seja, ir buscar o passageiro que não está habituado a voar. Eles não têm esse dado. Quem tem esse dado é o governo federal”, declarou, na época, aos parlamentares.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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