Mudanças climáticas estão ligadas a desastres em série pelo mundo 

Devido à passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, quinta-feira (15), a Defesa Civil do estado contabiliza 3.700 pessoas desabrigadas, 700 desalojadas e 13 mortos.

As tempestades causaram inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra, que afetaram 41 cidades gaúchas e 31 em Santa Catarina, estado vizinho atingido pela violência do ciclone.

Os desastres se espalham pelo mundo, unindo as populações mais pobres, as que mais sofrem com essas dinâmicas ambientais alteradas. Moradias irregulares e em locais de perigo convertem bairros em cenários de destruição.

Na Índia, no estado de Uttar Pradesh, ao norte, uma onda de calor matou 119 pessoas nestes últimos dias. No total, o país já contabiliza 170 mortes.

A onda de calor tem provocado problemas no fornecimento de energia e nos hospitais há aglomerações de pessoas solicitando socorro.

As temperaturas têm chegado, de acordo com o Departamento Meteorologia da Índia, a 43,5 graus, mas com sensação térmica de 45 graus.

Especialistas entendem que vivemos o período chamado antropoceno, ou seja, pela primeira vez na história do Planeta Terra uma espécie é capaz de criar as condições para a própria extinção.

 

Sinais do mar

Sinais variados, mas indicadores do tamanho da encrenca. A Organização das Nações Unidas (ONU) já havia advertido que as geleiras do mundo derretem a uma velocidade que parece impossível de se deter.

Isso se dá pelas temperaturas dos oceanos, onde acaba 90% do calor retido na Terra, que também estão cada vez mais quente. Ao passo que os últimos oito anos foram os mais quentes como nunca registrados.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que o nível do mar também alcançou um patamar inesperado e os efeitos de toda a catástrofe se pode observar nas secas, ondas de calor e inundações, fatos que se evidenciam em várias partes do mundo.

Enquanto em alguns lugares as secas provocam incêndios, mortes e desabastecimento, em outros o excesso de chuvas destrói moradias, infraestrutura e plantações.

 

Países ricos

Mesmo os países mais ricos, como os Estados Unidos e o Canadá, têm sofrido com incêndios florestais que já afetam a América do Norte.

A fumaça se transformou em neblina em diversas cidades, como Nova York.

Bombeiros do México e de África, reforçando brigadas canadenses e norte-americanas, estão nas florestas canadenses ajudando a conter as chamas.  (Foto: Chris Sherrard / Irish Mirror)

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