Evento começa no dia 29 de junho e deve ser um dos maiores encontros de organizações de esquerda desde a criação do grupo, em 1990
Representantes do governo, de partidos políticos e de organizações de esquerda de pelo menos 23 países confirmaram que vem até o Brasil para reunião do Foro de São Paulo, que envolve países de esquerda da América Latina e do Caribe. O evento ocorre em Brasília entre os dias 29 de junho e 2 de julho, sob o lema “Integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”. Será um dos maiores encontros desde que o grupo foi criado em 1990, por iniciativa do Partido dos Trabalhadores do Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar do evento. A própria organização do evento cita a vitória do petista como um marco recente e que justifica a escolha da reunião. “Há três anos o mundo foi surpreendido pela pandemia do COVID-19, fato que tem impedido a realização de nossos encontros anuais. Neste 2023, finalmente poderemos retomar nossas atividades presenciais. E o local escolhido para a primeira reunião do Fórum realizada após a pandemia é Brasília, capital do Brasil, após a importante vitória do presidente Lula nas eleições de 2022”, diz o comunicado.
O XXVI Encontro do Fórum pretende ser um espaço de intercâmbio e articulação das forças progressistas, democráticas e de esquerda para debater os desafios e rumos da América Latina e do Caribe nesta conjuntura que nossos povos vivem. Neste ano, mesmo países oficialmente fora do grupo, como Estados Unidos e Arábia Saudita, devem enviar representantes. Já confirmaram presença representantes do México, Colômbia, Venezuela, Cuba, Nicarágua, China, Índia, Rússia, Belarus, Chile, Argentina, Equador, Bolívia, Peru, Alemanha, Turquia, Espanha (deve vir o primeiro-ministro), Portugal, França, EUA (secretaria de Estado), Iran e Arábia Saudita.
O Foro de São Paulo é um grupo político, que envolve entidades de esquerda para discutir pautas em comum, como o fortalecimento de progressistas em países da América Latina. Em pelo menos dez nações, integrantes do Foro de São Paulo integram o comando do governo. Como não se trata de um evento de Estado oficial, mas sim de um encontro partidário, a diplomacia brasileira atua apenas na agenda do presidente Lula, quando ele estiver no evento. No entanto, a segurança de Brasília já está em alerta máximo por conta da quantidade de visitantes estrangeiros. Nos próximos dias, 25 hotéis devem passar por inspeções de segurança, assim como clínicas, aeroporto, Estádio Nacional, Centro de Convenções, entre outras localidades.
(Foto: Prensa Latina)