‘Covid não acabou e vacinação é fundamental’, diz ministra da Saúde

Nísia Trindade lembrou da baixa cobertura vacinal no país e lamentou vidas perdidas pelo vírus. Presidente Lula também reforçou a importância de ter o esquema vacinal completo

 

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta sexta-feira (5), horas após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar o término da emergência sanitária global da covid-19, que essa mudança “não significa o fim da circulação do vírus”. Em evento em Porto Alegre, Trindade lembrou da baixa cobertura vacinal no país e reforçou necessidade de mobilização.

“É uma grande vitória para a sociedade possível, após tanta dor e perdas, graças a recursos da ciência”, comemorou a ministra. “No entanto, o fim da declaração de emergência não significa o fim da circulação da Covid-19. Por isso, a vacinação segue como ação fundamental. Precisamos da mobilização de todos para ampliar a cobertura vacinal e combater a desinformação que questiona a segurança e a eficácia dos imunizantes”, emendou.

“Jamais nos esqueceremos das vidas perdidas. Essa memória tem que nos alimentar na reparação da dor, porque precisamos fazer isso, mas, ao mesmo tempo, da união pelo futuro, para que novas tragédias como essa não se repitam”, disse Trindade.

O discurso da ministra faz coro à manifestação do presidente Luiz Inácio Lula, que mais cedo, no Twitter, lembrou a população da campanha nacional de vacinação com foco em Covid-19, lançada no final de fevereiro. “Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas”, escreveu o presidente.

O Brasil foi o segundo país com mais mortes ocasionadas pela covid-19. Ao todo, foram mais de 700 mil mortes e 37,4 milhões de casos. De acordo com o último boletim InfoGripe, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o índice da doença tem crescido em 17 estados brasileiros. Por esse estado de atenção em que o país ainda se encontra, a pasta reforça que há um Movimento Nacional pela Vacinação em andamento no país e ressalta cinco pontos importantes para que a população adira à vacina. Entre eles está a proteção coletiva, controle de disseminação e de variantes.

Até o momento, foram mais de 13 milhões de doses de vacinas bivalentes aplicadas no Brasil para proteção contra o coronavírus. O ministério lembrou que a OMS ainda considera a doença um problema de saúde pública, justamente pelo risco de surgirem novas variantes surgirem. Por isso, será criado um Comitê de Revisão para oferecer recomendações para auxiliar os países a gerenciar a questão a longo prazo. (Foto: Walterson Rosa/MS)

 

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