O deputado federal Glauber Braga (PSOL) disse em entrevista que não existe a possibilidade de “melhorar” ou mesmo remendar o Novo Ensino Médio.
Entusiasta da revogação, Glauber disse que o Novo Ensino Médio promove a desigualdade, visa a privatização do sistema de ensino e é ruim para a formação dos estudantes, de acordo com avaliação de estudiosos e políticos envolvidos na luta contra o projeto.
Entre as principais mudanças do Novo Ensino Médio, está a criação dos chamados itinerários formativos, que permitem que os estudantes escolham as disciplinas que tenham mais a ver com seus objetivos profissionais no futuro, além das apenas três obrigatórias – português, matemática e inglês.
Além de tornar a formação geral do estudante deficiente, o cerne da questão é que o aluno nem sempre vai ter esse poder de escolha.
Se a escola não contemplar a disciplina com a qual o aluno possui mais afinidade, ele será obrigado a, simplesmente, escolher uma outra área de interesse ou mudar de escola – o que também é difícil.
“Isso é elitismo, para dizer o mínimo, porque 55% dos municípios brasileiros só contam com 1 escola de ensino médio. Aquilo que se vendeu como o aluno tendo mais opções, onde ele fará escolhas relacionadas a sua aptidão, não existe”, afirmou Glauber. (Imagem Redes Sociais)