Espionagem dos EUA mostra exército da Rússia esgotado e estrutura militar comprometida

O  jornal “The New York Times” revelou, neste sábado, 8, documentos do Pentágono vazados nas redes sociais mostrando o quanto os Estados Unidos penetraram nos serviços de inteligência da Rússia e sua capacidade de advertir a Ucrânia sobre os planos de Moscou e sobre a força de sua maquinaria de guerra

Os documentos, de finais de fevereiro e início de março, mas encontrados nas redes sociais nos últimos dias, falam de um exército russo esgotado na guerra de um ano contra a Ucrânia e de um aparato militar profundamente comprometido.

Mas esses documentos também mostram que os EUA parecem estar espionando os principais militares e políticos da Ucrânia, a fim de obter uma visão clara das estratégias de combate daquele país.

Os documentos continham tabelas de futuras entregas de armas, dados sobre o efetivo de tropas e batalhões, bem como planos militares.

O Pentágono disse então que está “analisando” a publicação desses documentos no Twitter e Telegram, aos quais se juntou ontem o site de mensagens 4chan, com informações sobre Ucrânia, Oriente Médio e China.

Os documentos analisados ​​pelo jornal revelam a avaliação dos EUA sobre o exército ucraniano, que também se encontra em situação desesperada, afirmou a nota.

Segundo o “NYT”, as autoridades americanas enfatizaram que, embora os documentos ofereçam pistas sobre os métodos dos EUA para coletar informações sobre os planos russos, eles ainda não sabem se alguma de suas fontes de informação será cortada como resultado do vazamento.

Também afirma que a divulgação dos documentos complicou as relações com os países aliados e levantou questões sobre a capacidade dos Estados Unidos de manter seus segredos.

O vazamento também pode afetar as relações diplomáticas de outras formas, porque esses documentos deixam claro que os EUA não estão apenas espionando a Rússia, mas também seus aliados, acrescentou o jornal.

Um alto funcionário dos EUA disse ao jornal que o Pentágono instituiu procedimentos nos últimos dias para “bloquear” a distribuição de documentos de informação altamente confidenciais. (Foto  Oleg Petrasyuks/EFE)

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